A mineradora Vale encontrou trincas superficiais na barragem Forquilha III, na Mina da Fábrica, em Ouro Preto, Região Central de Minas Gerais. A situação foi informada nessa sexta-feira (13/9) pela empresa, que garantiu que a estabilidade da estrutura não foi abalada e permanece “inalterada”. 


 

Para monitorar o local, a companhia afirma que mantém os órgãos públicos competentes informados e têm executado um plano de ação para investigação e correções das fissuras, “conforme necessário”. 




 

Forquilha III está em nível de emergência 3, o mais alto da classificação da Agência Nacional de Mineração (ANM) e quando há “risco iminente de rompimento”, há cinco anos. Desde então, a estrutura está em processo de descaracterização. Em 2021, foi instalado uma Estrutura de Contenção a Jusante, capaz de conter seus rejeitos. 


Até o momento, não há informações sobre o que causou a fissura. Ainda de acordo com a Vale, a situação não causa risco a comunidades vizinhas uma vez que a Zona de Autossalvamento da estrutura permanece sem a presença de pessoas. 


 

“A Vale mantém seus compromissos de avançar na descaracterização da estrutura e de buscar a redução de seu nível de emergência."


Por meio de nota, a Agência Nacional de Mineração (ANM) informou que acompanha de perto a situação da barragem. Depois da identificação das três trincas, técnicos da entidade estiveram no local e realizaram uma inspeção presencial. Além disso, ainda de acordo com a agência, a Vale será responsável por injetar cal nas fissuras para determinar a profundidade.


“A ANM exigiu que a mineradora intensifique o monitoramento da barragem, utilizando prismas e radar interferométrico, além de reportes diários sobre as condições da estrutura. A agência permanece vigilante quanto às ações corretivas e medidas de segurança que a Vale deve implementar”, informou.


Outra anomalia 

 

Em agosto, a barragem Forquilha V, que faz parte do complexo de estruturas na Mina da Fábrica entrou em situação de alerta. A medida foi tomada depois que fissuras foram identificadas durante uma inspeção da Agência Nacional de Mineração (ANM). Para monitorar o local, o órgão determinou que a Vale, empresa responsável, fizesse a limpeza e acompanhamento da fissura com a instalação de extensômetros para verificar se há possibilidade de progressão ou estabilização da rachadura. 

 

 

Durante a situação de alerta, a mineradora deverá fazer inspeções diárias e encaminhar relatórios semanais para a ANM, detalhando o comportamento do sinistro e elencando as medidas tomadas para a garantia da segurança. Após o prazo de 60 dias, se os ajustes necessários não forem feitos ou for constatado que não foram suficientes, o número de emergência da estrutura poderá ser elevado. 

 

Além disso, foi exigido a elaboração de um estudo de tensão-deformação para auxiliar na determinação das causas e permitir o acompanhamento futuro de eventuais anomalias na estrutura. Até o momento, não há informações sobre o que causou a fissura.

 

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Na ocasião, a Vale afirmou que a barragem não sofreu alterações em suas condições de estabilidade e permanece com Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) e Declaração de Conformidade e Operacionalidade (DCO) positivas vigentes. Em nota, a empresa informou que a vistoria da ANM foi feita depois que a equipe técnica da mineradora identificou e comunicou a ocorrência. 

 

De acordo com a empresa, Forquilha V foi construída pelo método de etapa única e está sem operar desde 2023. “A barragem é monitorada 24 horas por dia, 7 dias por semana pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da empresa”.

 

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