Em evento de solenidade do início das obras da linha 2 do metrô de Belo Horizonte, que vai ligar a regional Barreiro à região do Bairro Nova Suíça, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta segunda-feira (16/9) que a ação será a "maior intervenção de transporte em décadas na Região Metropolitana". Segundo ele, “a obra vai mudar por completo a mobilidade urbana” da capital mineira. 

 

 

As obras têm previsão de entrega em 2026 e as operações comerciais viabilizadas em 2028.

 

Segundo o Governo Estadual, o traçado da nova linha terá uma extensão de 10,5 quilômetros e vai contar com sete novas estações: Nova Suíça, Amazonas, Nova Gameleira, Nova Cintra, Vista Alegre, Ferrugem e Barreiro, além da Novo Eldorado em Contagem, em outra linha.

 



 

A construção será realizada em etapas, com a primeira etapa, das estações de Nova Suíça e Amazonas, com previsão de conclusão em 2026. A expectativa é que a nova linha transporte, diariamente, 56 mil pessoas. A atual linha 1 transporta, por dia, 157 mil passageiros.

 

De acordo com o governador Zema, o investimento é de cerca de R$ 3 bilhões, o que engloba também a construção de uma nova linha na cidade de Contagem, que ligará à estação Novo Eldorado, em uma parceria com o governo municipal de Marília Campos (PT).

 

O evento desta segunda-feira também contou com a presença de autoridades como o vice-governador do estado, Mateus Simões, o CEO da Metrô BH, Ronaldo Vancelotte, o Secretário Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Denis Eduardo Andia, e o Secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno.

 

 

“É uma felicidade muito grande estar aqui dando a ordem de início para essa obra tão importante pra Belo Horizonte e Região Metropolitana, uma obra que governos anteriores ao meu prometeram e nunca iniciaram”, afirmou Zema. Segundo ele, a construção da linha 2 do metrô marca a “a maior obra em décadas na região metropolitana”.

 

“Lanço aqui uma obra que meus sucessores terão o prazer de inaugurar”, disse Zema, que completou dizendo que “isso é ter visão de longo prazo, olhar para o futuro e não ficar olhando, como infelizmente acontece no Brasil, só para a próxima eleição, que é o que a grande maioria dos políticos infelizmente faz”.

 

 

Da mesma maneira, o governador também citou as obras do Rodoanel, que, segundo ele, terão uma duração de 12 a 15 anos: “É uma obra que tem quase o dobro do valor dessa aqui e será uma obra para muitos governadores, cada um vai inaugurar alguns trechos dela”, disse.

 

Secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno e Secretário Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Denis Eduardo Andia

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

 

Benefícios para o mercado de trabalho

 

Para o CEO da Metrô BH, Ronaldo Vancelotte, a linha 2 é um legado para as próximas gerações, de forma que será construída com as melhores técnicas de engenharia. “A linha 2 do metrô de Belo Horizonte não é apenas uma obra de infraestrutura, é um símbolo de progresso e desenvolvimento. Esta linha proporcionará uma conexão rápida, segura e eficiente entre importantes bairros da Região Metropolitana, reduzindo o tempo de deslocamento e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos”, disse o CEO.

 

 

Segundo ele, além da melhoria na mobilidade urbana, a construção do novo trecho irá beneficiar o mercado de trabalho, que contará com a “geração de empregos diretos e indiretos, o estilo ao comércio e a valorização imobiliária”, como numerou Vancelotte. “Nosso objetivo é criar um sistema de transporte que seja não apenas eficiente, mas também sustentável e alinhado com as melhores práticas do mercado global”, completou.

 

A concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte completou, em março, um ano de operação. O contrato terá duração de 30 anos, com a estimativa de que sejam investidos R$ 3,7 bilhões para melhorias e ampliações ao longo do período.

 

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Desse total, R$ 2,8 bilhões são aportes do Governo Federal, e cerca de R$ 440 milhões são provenientes do Termo de Reparação assinado pelo Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) com a Vale, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho.

 

O evento também foi marcado por manifestações à porta, com moradores da região que alegaram não terem sido consultados sobre o andamento das desapropriações. A reportagem entrou em contato com o Governo de Minas para um parecer sobre as alegações, e o espaço segue aberto para manifestações.

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