Para diminuir os números de casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e febre oropouche no próximo período sazonal no Brasil, o Governo Federal lançou o plano de ação para redução dos impactos das arboviroses. Até o momento, o país contabiliza 6,5 milhões de casos prováveis de dengue e 5,3 mil óbitos. Em Minas Gerais, 1,6 milhão de casos foram registrados e 998 mortes, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. 


 

O lançamento do plano de ação aconteceu no Palácio do Planalto com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. O documento foi construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades e que conhecem de perto os desafios em cada região do país, com atenção às regiões de maior vulnerabilidade social. 




 

Segundo o Ministério da Saúde, durante o período intersazonal, ou seja, no intervalo entre os picos de casos, serão intensificadas as ações preventivas, com retirada de criadouros do ambiente e a implementação das novas tecnologias de controle vetorial. Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação oportuna de casos, coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e identificação de sorotipos circulantes.


Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência locais, capacitação dos profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial e assistência ao doente.


 

Para o período sazonal, caso ocorra nova alta sensível de casos, estão previstas medidas estabelecidas no plano de contingência, focadas sobretudo no fortalecimento da rede assistencial para redução das hospitalizações e óbitos evitáveis.

 

São prioritárias as ações relacionadas ao manejo clínico adequado, seguro e executado em tempo oportuno, além da organização dos serviços. Nesse período, as ações de vigilância devem priorizar a coletiva de amostras para exames específicos com foco em casos graves e investigação oportuna de óbitos.  


Eixos de atuação

Desde 2023, o Ministério da Saúde tem acompanhado o cenário epidemiológico das arboviroses, preparando estados e municípios para atuar nos diferentes cenários que se apresentaram, emitindo alertas sobre a possibilidade de alta no número de casos e liberando recursos para ações de prevenção e controle.

 

Nesse cenário, o programa de redução dos impactos das arboviroses trabalha em seis eixos de atuação com foco para implementação no segundo semestre do ano - quando todas as condições climáticas são favoráveis ao aumento de casos. São eles:


  • Prevenção;
  • Vigilância;
  • Controle vetorial;
  • Organização da rede assistencial e manejo clínico;
  • Preparação e resposta às emergências;
  • Comunicação e participação comunitária.


Imunização 

A vacinação contra a dengue segue sendo uma importante estratégia, com público e locais restritos devido ao quantitativo limitado de doses fornecidas pelo laboratório. Nesse sentido, o mais importante é intensificar e unir esforços de toda a sociedade e poder público para redução dos focos do mosquito e preparação dos serviços de saúde.


Em Belo Horizonte, a partir desta sexta-feira (20/9), a Prefeitura de Belo Horizonte começou a vacinação das crianças de 6 e 7 anos contra a dengue. A ampliação das faixas etárias foi definida considerando a baixa procura pelo imunizante, das idades já convocadas, e o estoque da Qdenga na capital.

 

 

O esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de três meses. As vacinas estão disponíveis nos 152 centros de saúde e no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante. Cabe ressaltar que o município segue aplicando a vacina no público de 8 a 14 anos, seja para primeira dose ou para concluir o esquema vacinal.

 

Para receber a vacina é necessário a presença dos pais, mães ou responsável legal. Além disso, devem ser apresentados os seguintes documentos: carteira de identificação com foto, CPF, comprovante de endereço residencial em Belo Horizonte e caderneta de vacinação.

 

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A orientação para quem teve diagnóstico recente de dengue é aguardar seis meses após o início dos sintomas para iniciar o esquema vacinal contra a doença. Caso a infecção pelo vírus ocorra após o recebimento da primeira dose, não há alteração no intervalo entre as aplicações, desde que a segunda dose não seja aplicada em um período inferior a 30 dias do início da doença.

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