Um incêndio próximo à linha 1 do metrô de BH atingiu três residências e destruiu um galpão, causando um prejuízo milionário, no Bairro Calafate, na Região Oeste da capital, na tarde desta segunda-feira (23/9). As chamas provocaram uma coluna de fumaça preta que encobriu os arredores. No total, 22 militares participaram do combate ao fogo.

 

 

Os maiores danos foram registrados em um galpão de máquinas varredeiras e lavadoras de piso. Devido às chamas, o telhado cedeu, e todos os equipamentos foram danificados. "Perdi todo o maquinário estocado", detalha o empresário Sérgio Gosende, de 62 anos, que não tinha seguro dos equipamentos e estima que o prejuízo foi de R$ 1,5 milhão.

 

 

O incêndio aconteceu em uma vegetação que margeia a linha de metrô e fica a pouco mais de 100 metros da Estação Calafate. De acordo com a Metrô BH, a operação dos trens não foi afetada, já que o incêndio ocorreu ao lado da via de carga. Vídeos gravados próximos ao incêndio mostram uma grande coluna de fumaça preta sobre o bairro (veja nos vídeos acima).

 



 

O capitão Lucas Costa, do Corpo de Bombeiros, detalha que as residências atingidas tiveram pequenos danos em materiais que estavam próximos ao muro que faz divisa com a mata. "Em uma residência, houve danos num armário incendiado, outra tinha um depósito onde estavam alguns materiais, algumas roupas. Mas [foram] pequenos danos que não atingiram totalmente a residência", explica.

 

Ainda segundo o capitão, a primeira equipe deslocada para o chamado solicitou reforços assim que visualizou a coluna de fumaça no local. Uma das linhas de combate ao fogo foi direcionada para o galpão devido à grande quantidade de material combustível que poderia agravar ainda mais o incêndio. "Essa foi nossa maior prioridade nessa ocorrência e também que ninguém se machucasse. Tiramos todas as pessoas que estavam ainda dentro das residências", relata.

 

Uma casa localizada ao lado do galpão teve uma das paredes da cozinha trincada devido ao calor das chamas. A Defesa Civil foi acionada para avaliar possíveis danos estruturais nas três residências atingidas.

 

Segundo os bombeiros, ainda não é possível saber qual foi a causa do incêndio. Uma das hipóteses é de que o fogo teria começado após uma tentativa de queimada controlada da vegetação próxima aos trilhos. A possibilidade é corroborada pelo relato do engenheiro mecânico Bernard Lopes, de 27 anos - o muro do prédio onde mora foi atingido pelas chamas.

 

"Eu vi o início do fogo. Começou na rua, em amontoado de folhas. E aí, o fogo passou por baixo do bueiro e entrou para a parte de matagal seca que estava do lado da linha do metrô. Ali o fogo subiu muito alto", conta.

 

O proprietário do galpão atingido, Sérgio Gosende, diz que a queima da vegetação durante a capina do lote próximo aos trilhos é uma prática comum. "Neste ano, o fogo ficou incontrolável e atingiu o galpão", pontua.

 

Sete viaturas do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para a ocorrência. A Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH), a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e a BHTrans foram acionadas para dar apoio aos combatentes. 

 

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