O pai de uma criança de 5 anos denuncia um suposto caso de violência ocorrido em uma creche conveniada pela Prefeitura de Belo Horizonte, no bairro Vale do Jatobá, na Região do Barreiro de Belo Horizonte.


Segundo ele, o caso aconteceu em 17 de setembro na creche Casinha Vovó Feliz. O homem relata que a filha estava em sala de aula e foi ao banheiro - que fica dentro da sala. Pouco depois, a professora vai até lá, abre a porta do sanitário, puxa a menina para fora, sobe as roupas da criança de forma violenta e a tira de dentro do banheiro. A situação ocorreu próximo ao horário de fim da aula. Veja o vídeo:


 

Quando a criança estava descendo do segundo para o primeiro andar, ela não consegue segurar e acaba defecando na roupa. O pai da menina afirma que as fezes caíram ao chão e ela tentou se limpar sozinha, mas nenhum responsável foi ajudar ou perguntar se ela estava bem.


A criança ainda ficou esperando por cerca de meia hora até o pai ir buscá-la e contou para ele sobre o ocorrido. No dia seguinte, o homem registrou o boletim de ocorrência.



Em conversa com a reportagem do Estado de Minas, o homem, de 36 anos, que se emocionou ao relatar o ocorrido, disse que é tesoureiro voluntário da creche onde os fatos aconteceram e que, ao registrar a ocorrência, pediram para que ele desse parte da professora. 


Ele afirma que a mulher foi demitida em 19 de setembro, dois dias depois, e cumpre aviso prévio em casa. Porém, pais de outras crianças fizeram denúncias na Secretaria Municipal de Educação contra o homem, alegando que ele usou de má-fé para afastar a professora e ameaçou a instituição caso a mulher não fosse demitida.

 


“Eu descobri que a professora está articulando com alguns pais e passando outra narrativa para se vitimizar. Mas perante o vídeo, não há vitimismo (da parte da professora). Não tenho poder para mandar ninguém embora.”

 

Segundo a denúncia contra o pai, a menina foi até o banheiro e fez bagunça. A educadora buscou a criança e trocou a roupa dela, pois estava suja. A denúncia ainda narra que o homem não gostou e não admitiu que "toda criança apronta", solicitando a demissão da professora pelo fato de a menina ter sujado de fezes a roupa, e que o fato não foi passado pela instituição aos outros pais.

 

A denúncia aponta que as crianças perdem a referência em sala de aula com a saída da professora e que há alunos autistas na sala que vão sofrer com a mudança. Os outros pais ainda apontam que a saída da professora não levou em conta os outros alunos da sala e apenas para a criança filha de um membro da diretoria voluntária da instituição. 


O homem relata, porém, que, depois do ocorrido, a filha tem crises de ansiedade quando precisa ir ao banheiro por achar que vai defecar na roupa novamente e passar vergonha. Agora, ele afirma que vai procurar ajuda psicológica para acompanhar a menina.

 


Ele resolveu expor a situação depois de ver a repercussão do caso do aluno que foi estuprado em uma escola também no bairro Vale do Jatobá. "Eu vi a repercussão toda do aluno estuprado numa escola no mesmo bairro, quarteirões para cima da creche da minha filha. Se eu não estou tendo voz, imagina essa outra família? O que poderia ter acontecido com a minha filha?"

 

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Em nota, a Polícia Civil informou que apura a ocorrência registrada em 17 de setembro, em Belo Horizonte. 

 

A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte e aguarda retorno sobre o caso.

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