Uma empresa em Santos Dumont, na Zona da Mata, em Minas Gerais, está sendo investigada pela Polícia Civil devido à suspeita de extorsão e lavagem de dinheiro, o que teria gerado um faturamento de R$ 4 milhões. Os sócios, um homem de 30 anos e uma mulher de 26, foram presos preventivamente na cidade nesta segunda-feira (30/9).

 

Os policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dos investigados e na sede da companhia investigada. A Justiça autorizou o bloqueio das contas bancárias da dupla.

 



 

A PCMG informa que “as investigações surgiram a partir de demandas de delegacias localizadas em várias partes do país”. Conforme as denúncias, as vítimas alegam que foram extorquidas pela empresa alvo da operação policial.

 

As investigações mostraram que a organização buscava nas redes sociais perfis que vendiam produtos supostamente falsificados e, simulando interesse em comprá-los, obtinha mais informações sobre os vendedores. Posteriormente, outro setor da empresa entrava em contato para solicitar vantagens da pessoa que, supostamente, estaria praticando crimes de violação de direitos intelectuais.

 

 

Sob a ameaça de registrar uma ocorrência, a empresa exigia um pagamento mediante acordo extrajudicial, com valores estabelecidos conforme o número de seguidores das mídias sociais. Quando o acordo não era cumprido, a companhia denunciava o perfil da rede social utilizada e o derrubava do ar. A dupla também fazia chantagens ao afirmar que o acordo proposto sairia mais barato do que uma possível ação judicial.

 

Uma das vítimas é uma artesã de Salvador, na Bahia. Ela havia anunciado em seu perfil nas redes sociais uma pequena caixa de papelão decorativa para festas por R$ 1,60. A trabalhadora foi procurada pela empresa, que exigiu R$ 1,6 mil pelo fato de a peça ter um escudo de um time de futebol. Ela se negou a fazer o pagamento e teve sua página derrubada.

 

"Caso viesse a ser comprovada a prática criminosa alegada pela empresa, as pessoas abordadas não estariam adotando, como pensavam, as medidas legais para regularização da situação mediante o pagamento, tendo em vista que não estariam negociando os termos com o verdadeiro dono da marca reclamada", finaliza a PCMG.

 

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Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam computadores, celulares, notebooks, livros de registro, equipamentos de informática e um veículo de luxo.

 

Informações sobre o tempo de atuação da empresa e o número de vítimas extorquidas, além das cidades ou estados que foram alvos da dupla, não foram repassadas pela instituição policial.

 

 

 

 

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