Os locais para receber as plantas adultas, cada uma com seis metros de altura, já estão demarcados, como mostra o projeto  -  (crédito: PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/DIVULGAÇÃO)

Os locais para receber as plantas adultas, cada uma com seis metros de altura, já estão demarcados, como mostra o projeto

crédito: PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/DIVULGAÇÃO

Tão logo comece o período chuvoso, tudo indica que na segunda quinzena de outubro, deverá começar o plantio de 18 palmeiras imperiais, já adultas, na Praça Rui Barbosa, mais conhecida como Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte. Os pontos que receberão as plantas, cada uma com seis metros de altura, já se encontram marcados e com tela protetora, em parte da Avenida dos Andradas, rente à pista de rolamento.

 

Outra novidade anunciada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) é a instalação de um banheiro na Rua Aarão Reis, 234. Conforme as autoridades municipais, o equipamento – autolimpante, em aço inox, já em processo de licitação –, não pode ficar na praça por se tratar de um bem tombado.

 

 

O prefeito da capital, Fuad Noman, ressalta o significado das palmeiras imperiais na história da cidade – “um símbolo de BH” – e a importância da Praça da Estação, reaberta na quinta-feira (26), após quase um ano de obras de requalificação. “Vamos unir aqui um símbolo e um ícone da cidade, que é Praça da Estação.”

As palmeiras imperiais estão presentes no início da Avenida Amazonas, no Centro, e também na Praça da Liberdade e na Avenida Brasil, no Centro-Sul. “A Praça da Estação é diferente da Liberdade. Temos, aqui, espaço para grandes manifestações populares, encontro de multidões”, explicou Fuad que, no sábado, compareceu ao local durante a manifestação “Praia da Estação”, iniciado há 14 anos. As fontes em funcionamento garantem um refresco para os “banhistas”.


REFORMA

 

As intervenções na Praça da Estação, executadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), incluíram manutenção das fontes luminosas interativas, renovação do paisagismo, troca de pisos, canaletas e grelhas danificadas. Além disso, bancos e lixeiras foram recuperados e instalados, de acordo com a PBH.

 

 

As fontes de água, características do espaço, foram reconstruídas com dois tipos de aspersores: um de névoa e o jato de água. De acordo com a PBH, as águas usadas nas fontes saem de dois reservatórios de 60 mil litros (cada). O líquido passa por dois filtros e volta, purificado, ao reservatório, próprio para o banho. Para coibir o acesso de veículos, como caminhões, guindastes e viaturas, a PBH instalou balizas de concreto revestidas em aço inox no interior da praça. Os investimentos totalizaram R$ 8,1 milhões.

 

Os serviços fazem parte do Programa de Requalificação do Centro de Belo Horizonte – “Centro de Todo Mundo” –, para qualificar a região central da capital e “criar oportunidades para mais atividades de lazer, turismo, comércio e moradias”, como explicou a subsecretária de Relações Intragovernamentais da PBH, Beatriz Góes.

 

Os trabalhos de requalificação seguem em outros pontos do Centro, como na reforma das praças Rio Branco, conhecida como Praça da Rodoviária, e do Papa, no Bairro Mangabeiras, e na reconstrução da Praça da Independência, entre os edifícios Sulacap e Sulamérica. 

 

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AS PALMEIRAS e O IMPÉRIO

 

A Palmeira Imperial, de nome científico Roystonea oleracea, é uma árvore cuja história se confunde com o próprio surgimento da nação brasileira, ainda no período conhecido como Brasil Colônia. A espécie é natural da região que engloba o Caribe, o norte da Venezuela e o nordeste da Colômbia. A primeira delas, como explica Arthur Brasileiro, foi plantada em 1809, pelo então príncipe Dom João VI, tornando-se símbolo da aristocracia brasileira, passando a ser conhecida como Palmeira Real ou Palmeira Imperial. Todas as palmeiras-imperiais cultivadas no país descendem dessa primeira palmeira, que foi batizada de Palma Mater. A árvore resistiu até 1972, quando foi atingida por um raio, aos 163 anos de idade.