O novo filhote representa um avanço significativo nos esforços de preservação da Mata Atlântica e de suas espécies endêmicas -  (crédito: Reprodução/ Théo Anderson)

O novo filhote representa um avanço significativo nos esforços de preservação da Mata Atlântica e de suas espécies endêmicas

crédito: Reprodução/ Théo Anderson

Um filhote de muriqui-do-norte nasceu na Mata do Sossego, em Simonésia, na região da Zona da Mata, em Minas Gerais. Também conhecido como mono-carvoeiro, esse primata é o maior das Américas e habita exclusivamente o Brasil.

 

 

O muriqui-do-norte é nativo da Mata Atlântica brasileira e está presente nos estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, onde é residente. Esse primata vive cerca de 30 anos e pode medir aproximadamente 1,5 metro de altura. Para os cientistas, o muriqui é considerado um dos maiores reflorestadores, pois dispersa sementes em todo o território que habita.

 

 

Os muriquis são conhecidos por seu comportamento sociável, geralmente vivendo em grupos. Devido à sua natureza dócil, são frequentemente chamados de “povo manso da floresta” em Tupi.

 

 

A dieta do muriqui-do-norte é variada, composta por frutos, folhas, flores, cipós, cascas, pólen, néctar e sementes. De grande porte, sua vocalização é intensa e pode ser ouvida a longas distâncias, facilitando a identificação da espécie nas florestas que habitam.

 

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o primata é uma das espécies ameaçadas de extinção devido à fragmentação e degradação de seu habitat, à caça, à expansão agrícola e ao turismo desordenado.

 

Conheça a Mata do Sossego

 

A Mata do Sossego, lar dos muriquis-do-norte, é um dos últimos fragmentos contínuos de Floresta Atlântica na Zona da Mata, no estado de Minas Gerais. Ela abriga duas importantes unidades de conservação: a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata do Sossego, criada e mantida pela Fundação Biodiversitas, e a RPPN Sossego do Muriqui, administrada pela Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA).

 

 

O local tem se mostrado um refúgio essencial para a espécie, oferecendo um ambiente seguro e propício para sua reprodução e sobrevivência.

 

Conforme Jorge Velloso, superintendente da Fundação Biodiversitas, uma instituição sem fins lucrativos dedicada à conservação de espécies ameaçadas de extinção, o nascimento deste filhote é um sinal positivo de que os esforços de conservação estão gerando resultados encorajadores.

 

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“A comunidade conservacionista envolvida tem trabalhado incansavelmente para monitorar e proteger os muriquis. A celebração deste nascimento é um lembrete inspirador de que, com dedicação e esforços coordenados, é possível reverter o declínio de espécies ameaçadas e promover a recuperação da biodiversidade. A Mata do Sossego continua a ser um exemplo brilhante de como a conservação pode ser eficaz”, ressaltou.