A jovem mineira Valentina, de apenas 14 anos, foi feriada em um tiroteio no Complexo da Maré -  (crédito: Redes sociais/Reprodução)

A jovem mineira Valentina, de apenas 14 anos, foi ferida em um tiroteio no Complexo da Maré

crédito: Redes sociais/Reprodução

adolescente mineira que foi baleada ao entrar, por engano, em uma comunidade do Rio de Janeiro recebeu alta. A jovem estava internada em um hospital de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, depois de ser transferida da unidade de saúde carioca. A informação foi confirmada pela tia da vítima, a influencer digital e ex-participante de “A Fazenda”, Kamila Simioni ao Estado de Minas. Valentina foi atingida na lombar e a bala perfurou seu intestino. 


 

O caso aconteceu no dia 18 de setembro, quando a jovem e seu pai entraram por engano na comunidade Baixa do Sapateiro, que faz parte do Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense. Na época da transferência para a capital mineira, à reportagem Kamila informou que a sobrinha estava “ótima” e se recuperando sem intercorrências. 


 

Logo após o ocorrido, Valentina ficou internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Estadual Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Ela recebeu alta da ala dois dias depois da internação, em 20 de setembro, momento que foi comemorada pela família e compartilhado com os seguidores de Simioni.


“Hoje nós estamos ainda mais felizes do que ontem. Graças a Deus, Valentina recebeu alta agorinha mesmo do CTI. Já estamos por aqui no quarto da área pediátrica. Graças a Deus, firme e forte. Benção de Deus”, disse Kamila na época. 

 

 

No mesmo dia, a influencer compartilhou o avanço do estado de saúde de Valentina. Nas imagens, gravadas pelo pai da vítima, ela aparece andando pelo hospital. “Olha gente, a minha filha já está em pé. Nós vamos dar o primeiro passinho agora. Olha para o papai, vem dar um passinho”, disse emocionado. 


 

Agora, a adolescente está na casa da tia. “Foram dias difíceis, mas de muita fé!! Não tenho palavras para expressar o quanto sou grata a Deus pelo grande livramento na vida da minha sobrinha e do meu irmão”, disse Kamila, ao EM


 

Medo de voltar ao Rio 

Em suas redes sociais, no dia 24 de setembro, Valentina publicou sobre o caso. Ela contou que chegou a perceber uma movimentação estranha quando o carro entrou na comunidade, mas não viu os suspeitos e se assustou com os tiros. Conforme seu relato, ao ser baleada ela sentiu uma cãibra forte por todo o corpo e não sentiu dor na hora.


 

Ao ser socorrida, Valentina disse que pensou que ficaria sem andar ou que iria morrer. Um seguidor perguntou se ela já conseguiu assimilar tudo que aconteceu ou se ficou com algum trauma. A adolescente respondeu que não quer mais voltar ao Rio de Janeiro.


Relembre o caso 

De acordo com o boletim de ocorrência, a família trafegava pela Avenida Brasil, voltando da Embaixada e Consulado dos Estado Unidos, no centro da cidade, quando erraram o caminho para retornar para a Linha Amarela. Orientados pelo GPS, eles entraram na Avenida Guilherme Maxwell, atrás do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, mas sem perceber acabaram entrando na comunidade da Baixa do Sapateiro, que faz parte do Complexo da Maré. Em determinado momento, os mineiros foram abordados por um carro da marca Honda em que haviam homens armados com fuzis. 


 

Ao receber a ordem de parada, assustado, o pai da adolescente acelerou o veículo para fugir dos homens que dispararam em direção ao veículo. Ainda segundo o registro policial, uma bala acertou próximo a lanterna traseira do carro e atingiu a jovem na altura do quadril. Ao retornar para a Avenida Brasil, o motorista pediu ajuda ao encontrar uma viatura do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas. A adolescente foi encaminhada para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde passou por cirurgia.


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Procurada pela reportagem, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o caso foi registrado na 21ª DP do Bairro Bonsucesso. Desde então, policiais civis da unidade, com apoio de agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) realizam diligências para identificar e prender os envolvidos no crime. Segundo a Polícia Militar a comunidade da Baixa do Sapateiro é controlada pela facção Terceiro Comando Puro.