Chuva de setembro em BH não foi o suficiente para reverter a baixa qualidade do ar e, por isso, considerada não significativa -  (crédito: Edésio Ferreira/EM/DA Press)

Chuva de setembro em BH não foi o suficiente para reverter a baixa qualidade do ar e, por isso, considerada não significativa

crédito: Edésio Ferreira/EM/DA Press

Belo Horizonte registra, nesta terça-feira (8/10), 172 dias consecutivos sem chuvas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mas o cenário pode mudar amanhã. Isso porque, a previsão indica que o município registre chuva forte nesta quarta, que pode durar até sexta (11).

 

Há quase seis meses sem chuva, BH se aproxima do recorde histórico de 198 dias sem precipitações, registrado em 1963. A capital mineira lidera o recorde de dias sem chuvas, seguida de São Luís (MA), com 67, Teresina (PI), com 65 e Fortaleza (CE), com 42 dias. Anteriormente, Brasília (DF) ocupava a segunda posição do ranking, mas registrou chuva nessa segunda, depois de 167 dias de seca.

 

 

Embora a cidade tenha registrado precipitações no dia 22 de setembro, segundo a Defesa Civil de BH, a chuva ocorreu de maneira isolada e não foi o suficiente para reverter a baixa qualidade do ar. Assim como no estado de Minas Gerais, a capital enfrenta, neste ano, um dos piores períodos de estiagem, com baixos índices de umidade relativa do ar desde o início da seca.

 

 

Caso a situação mude, devido a configuração dos ventos e da disponibilidade de umidade em médios níveis na atmosfera, Belo Horizonte pode quebrar a tendência da estiagem. No entanto, acende um novo alerta, visto que a transição para o período chuvoso é marcada por pancadas de chuva de intensidade forte, acompanhadas de raios, rajadas de vento e queda de granizo.

 

"Nessa época do ano, o calor favorece a formação de nuvens convectivas. Essas nuvens tem como características provocar pancadas de chuva, acompanhadas de raios e rajadas de vento, e a queda de granizo. É normal no período de primavera, portanto podem ocorrer", explica o meteorologista Claudemir de Azevedo.

 

 

Chuva já era prevista

 

A previsão meteorológica para o mês de outubro já indicava que Minas voltaria a registrar chuvas fortes a partir da segunda quinzena do mês, com possibilidade de antecipação prevista para o dia 10. Segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, a perspectiva era de que outubro começasse com o tempo muito seco, estável e quente, comum nesse período, e voltasse a chover em meados do mês.

 

“Uma frente fria que está prevista para depois do dia 10 vai trazer fortes chuvas para Minas. Chuvas de intensidade moderada a forte em alguns municípios com possibilidade de ocorrência de granizo, então essa primeira quinzena vai ser marcada por calor, mas com fortes temporais. Chuvas fortes nas regiões Oeste, Triângulo, Alto Paranaíba, Central e Zona da Mata”, explica Ruibran dos Reis.

 

 

De acordo com o Inmet, a média histórica de chuvas em outubro é de 110,1 milímetros (mm) para o estado e a previsão é que Belo Horizonte fique dentro da média. Embora a média possa ser ultrapassada na maior parte do estado, as chuvas no Norte de Minas devem ficar abaixo da média climatológica.

 

Contraste

 

Enquanto isso, a cidade de Arinos, no Noroeste de Minas Gerais, registrou a temperatura mais alta do estado em 2024 nessa segunda-feira (7/10). Segundo o Inmet, os termômetros do município bateram 42,3ºC na tarde de ontem, mas o índice pode ser superado até amanhã.

 

 

De acordo com o Inmet, a previsão indica que a cidade registre até 41ºC entre hoje e amanhã, mas há possibilidade de chegar até 43ºC. A partir de quinta-feira (10), o calorão diminui em grande parte de Minas, impossibilitando a temperatura recorde.

 

 

Nesta terça, a previsão para o estado é de céu claro a parcialmente nublado com névoa seca à tarde. Nas regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Norte, os termômetros podem atingir os 40ºC.

 

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Nas demais regiões, está previsto céu claro com névoa seca e possibilidade de chuva isolada. Os termômetros permanecem acima dos 30ºC nas regionais Jequitinhonha, Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri, Zona da Mata, Sul, Sudoeste, Campo das Vertentes, Oeste e Central.