Polícia Civil atuou no caso -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/DA)

Polícia Civil atuou no caso

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/DA

 

Três integrantes de um grupo que tentou roubar a casa do ex-deputado Dilzon Melo e depois roubou R$ 100 mil de outra casa, onde a família de um cafeicultor foi rendida, em Boa Esperança, no interior de Minas Gerais, foram presos nesta quinta-feira (10/10), em Belo Horizonte, Betim e Sabará pela Polícia Civil (PCMG).

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia


O trabalho foi feito em conjunto pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) e da Delegacia de Boa Esperança. O mentor dos crimes, um empresário da cidade, já tinha sido preso. Um quinto envolvido está foragido.

 


Os crimes ocorreram em 30 e 31 de agosto. Tudo começou, segundo o delegado Alexandre Boaventura Diniz, de Boa Esperança, quando um empresário da cidade faliu. “Ele decidiu contratar ladrões, tendo vindo a Belo Horizonte, onde fez contato com B. T. B., de 40 anos, que tem ligações com uma facção criminosa de São Paulo”.

 


Esse homem fez contato com os outros integrantes do grupo. Um era motorista de aplicativo, C. H. P. M., de 25 anos; L. O. C. M., de 30, mais o quinto integrante do grupo, em São Paulo, da mesma facção que a dele.


Foram, então, para Boa Esperança. Lá, orientados pelo empresário, o mentor da trama, invadiram o apartamento do ex-deputado e candidato a prefeito. No entanto, não encontraram o dinheiro que esperavam, cerca de R$ 200 mil.



Frustrados, decidiram esperar mais um dia para cometer outro crime. Dessa vez, o empresário indicou a casa de um cafeicultor. Eles foram até o local e renderam uma família inteira. Fugiram depois de roubar R$ 80 mil em dinheiro, e R$ 20 mil, em cheques.


Investigação


Segundo o delegado Alexandre e o investigador Fabiano Ramos, foi descoberta a possibilidade de envolvimento do empresário, que deu mostras de seu comprometimento, quando começou a fugir e despistar a polícia. Imagens mostraram o carro dele, uma BMW branca, circulando pelos locais dos crimes.


Os policiais ficaram três dias em seu encalço. Durante a perseguição, o empresário invadiu uma casa, em Campos Gerais. A polícia, segundo o delegado Alexandre, chegou a abrir negociação para libertar a refém.


“Ele acabou soltando a refém, com certeza para poder desviar a nossa atenção, pois nos preocupávamos com ela. E, depois, ele subiu no telhado da casa e saltou em um lote lateral. Conseguiu escapar. Mas em 15 de setembro, nós o prendemos em Boa Esperança, onde estava refugiado”, disse o delegado.


Prisões


A partir dessa prisão, os policiais chegaram ao restante da quadrilha. Em Belo Horizonte, B. T. B foi preso no Bairro Bonfim. Ele tem várias passagens pela Polícia Civil, 12 no total, tendo, inclusive, cumprido pena por roubo. Com ele, foram apreendidos um Honda Civic importado, R$ 2 mil em dinheiro, munições calibre 389 e vários perfumes importados. O homem seria, também, integrante de uma facção criminosa paulista.


Em Betim, no Bairro Kennedy, os policiais prenderam C. H. P. M., que é motorista de aplicativo, é responsável por dar fuga aos comparsas após os crimes. Ele é ligado à facção criminosa paulista. L. O. C. M., foi preso em Sabará. Ele tem várias passagens por furtos e roubos.