A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, nessa quarta-feira (9/10), em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, um homem de 70 anos suspeito de matar por esganadura a ex-companheira, de 59, e, em seguida, fugir para a casa do filho. O crime ocorreu no último domingo (6/10) no Bairro Jaraguá, na Região da Pampulha, na capital. O corpo foi localizado no dia seguinte após notícias do desaparecimento da vítima pelos colegas de trabalho.
Segundo a delegada Iara França, o autor esteve na casa da mulher no domingo, depois votar próximo ao local. Os dois eram casados há 13 anos e estavam separados há seis meses, mas mantinham uma relação “amigável”.
No dia, o autor e a vítima estavam bebendo um vinho juntos, quando a mulher começou a falar sobre uma das filhas do suspeito, que tinha seis filhos de outros relacionamentos. O homem então teria se exaltado, empurrado e esganado a ex. Após tirar a vida da mulher, o homem colocou o corpo da vítima sob a cama e fugiu.
A PCMG explicou que as amigas da mulher notaram que ela não respondia a mensagens e não compareceu ao trabalho na segunda-feira (7/10) e resolveram contatar os vizinhos. A síndica do prédio acionou o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG), que encontrou a mulher sem vida. A princípio, o corpo não possuía sinais de agressão, e apenas após o laudo do IML foi possível identificar sinais de esganadura.
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Ainda segundo a delegada, depois do início das investigações, o homem foi identificado por câmeras do prédio e apontado como o último a ter visto a vítima. A Polícia Civil iniciou as buscas e constatou que o autor do crime não estava em Belo Horizonte. Ele está sendo julgado pelo crime de feminicídio e se condenado pode pegar até 30 anos de prisão.
Feminicídio
O presidente Lula (PT) sancionou, nesta quarta-feira (9/10), a lei que aumenta a pena do crime de feminicídio para 40 anos. O texto também veta autores de crimes contra mulheres de exercer cargo público.
A pena varia atualmente de 12 a 30 anos de reclusão, conforme as circunstâncias do caso. Agora, a lei amplia essa pena para até 40 anos de prisão. O texto foi aprovado em setembro na Câmara dos Deputados, de forma simbólica.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata