Os quatro militares e dois civis que morreram na queda do helicóptero Arcanjo 04 do Corpo de Bombeiros, na noite de sexta-feira (11/10), em uma área de serra em Ouro Preto receberam várias homenagens, neste domingo (13/10), durante o velório e no caminho para o sepultamento em Belo Horizonte.
Entre as manifestações estava uma salva de três tiros. Mais cedo, o porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), tenente Henrique Barcelos, explicou que, além dos militares, as duas vítimas civis também receberiam as honras fúnebres da corporação.
Durante o velório coletivo no Colégio Santa Marcelina, na Região da Pampulha, o coronel Cícero, capelão da Polícia Militar de Minas Gerais, lembrou que todos os militares fazem o juramento de proteger, salvar e cuidar, mesmo com o sacrifício da própria vida.
“Diante de nós, temos seis irmãos que ofereceram esse sacrifício extremo. Ofereceram a vida em sacrifício. Não temos palavras para falar sobre eles”. O militar diz que quando falam que as seis vítimas são heróis não estão exagerando. “Quantas vidas esses nossos irmãos salvaram?”, perguntou.
Do lado de fora do colégio, pouco antes do cortejo sair, o integrante do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Jailton Oliveira também fez uma homenagem ao enfermeiro Bruno Sudário, seu colega morto no acidente.
Ele estava com uma camisa vermelha usada por integrantes do Samu. Os colegas e amigos deixavam uma mensagem na peça de roupa que depois será entregue à esposa de Sudário.
“Ele sempre com um sorriso aberto. Sempre dava cursos de capacitação do Samu. Vai ficar a saudade de uma pessoa simples, humilde, batalhadora, que sempre prezou pela gentileza. Um cara muito amado. Por isso tantas pessoas do Samu estão aqui”. Segundo Oliveira, há funcionários do serviço de outras cidades da Grande BH. “Vai deixar um legado importante para nós do Samu”, completou, com a voz embargada e bastante emocionado.
No cortejo à caminho do cemitério, outra homenagem. Na Avenida Antônio Carlos, integrantes do 3º Batalhão dos Bombeiros esperavam a passagem das viaturas com os corpos. Primeiro, os militares bateram continência e todas as sirenes foram acionadas para homenagear os dois socorristas do Samu. Em seguida, o mesmo foi feito para os quatro militares mortos no acidente.
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O capitão Wylker Tadeu Alves e os sargentos Wellerson e Gabriel serão sepultados no Cemitério do Bonfim. O tenente Victor Sterling e o enfermeiro Bruno Sudário serão enterrados no Cemitério Bosque da Esperança. O médico do Samu Marcos Rodrigo será sepultado no Cemitério Parque da Colina.