Polícia Civil orienta sobre como prevenir golpes por aplicativo  -  (crédito: Luiz Ribeiro/DA Press)

Polícia Civil orienta sobre como prevenir golpes por aplicativo

crédito: Luiz Ribeiro/DA Press

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) lançou nesta quinta-feira (17/10) a campanha “Se deu dúvida, é golpe!”, com foco no combate aos golpes contra pessoas, especialmente jovens e idosos, por meio de telefones (via WhatsApp) e internet. Os golpes pelo aplicativo e pela internet são investigados pelo setor de inteligência da Polícia Civil, que orienta as pessoas sobre como se prevenir contra a ação dos criminosos.

 

 

A Polícia Civil também elaborou um “passo a passo” destinado às vitimas com as orientações sobre como agir diante da clonagem dos seus aparelhos de WhatsApp. Geralmente, os criminosos “hackeiam” os aparelhos das vítimas ao acessarem os números dos telefones em plataformas de anúncios de aluguéis e de vendas de imóveis, carros e outros bens.

 

A partir da clonagem do WhatsApp, o golpista, se passando pelo dono do telefone, começa a enviar mensagens com pedido de dinheiro via Pix para os números na lista de contatos contida no aparelho. A desculpa mais usada pelo criminoso é “está tentando fazer uma transferência” e que “seu aplicativo do banco não está funcionando”, na sequência, pede o repasse de valores via Pix com a promessa de que “vai devolver o valor sem falta no dia seguinte”.

 

 

Mas, como saber se a sua conta foi hackeada? Esta é a primeira questão abordada no “passo a passo” da Polícia Civil. “Seu WhatsApp foi deslogado repentinamente e está aparecendo uma mensagem indicando que ele está ativo em outro smartphone? Se a resposta for sim, isso indica que sua conta foi hackeada e ela está sendo destinada para uso malicioso”, diz a recomendação da Polícia Civil.

 

Reprodução de diálogo em que golpista pede dinheiro para um dos contatos da vítima

Reprodução de diálogo em que golpista pede dinheiro para um dos contatos da vítima

Reprodução Redes Sociais

 

Uma orientação importante da Polícia Civil é que a pessoa dona do telefone “nunca” compartilhe o código de segurança do WhatsApp com ninguém. “Para começar, é importante lembrar que sempre há um código de verificação que é enviado por segurança pelo próprio WhatsApp por SMS. Esses dígitos só podem ser acessados pelo dono da conta e por ninguém mais. Sendo assim, sempre desconfie de ligações e pedidos para que esse sistema de segurança seja enviado, por mais que pareça verídico, esse é o único jeito de se manter longe dos ataques”, diz o manual.

 

 

O que fazer se o WhatsApp for hackeado? A primeira recomendação do próprio WhatsApp é que a vitima desative o aplicativo do aparelho, faça o download novamente e tente entrar com o seu número normalmente, como se estivesse sendo feito pela primeira vez.

 

Ainda no “ passo a passo”, a Polícia Civil lembra que, dentro do mais rápido possível, a vitima deve procurar informar a todos os seus contatos que seu aparelho foi invadido e que as pessoas não devem fazer nenhum tipo de depósito nem fornecer dados para a sua conta de WhatsApp.

 

Aumento dos golpes no mundo inteiro


O porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Flávio Santiago, salienta que os golpes aplicados pela internet e pelos aplicativos têm aumentando em todas as partes do mundo, com os criminosos recorrendo aos próprios avanços tecnológicos para tentar ludibriar as vítimas de diferentes maneiras. “O aumentos dos golpes com o uso dos recursos da Web ocorre no mundo inteiro, aqui, na China e no Cazaquistão, da mesma forma”, enfatiza Santiago.

 

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Ele ressalta que a iniciativa da PM com a campanha “Se deu dúvida, é golpe!” é orientar as pessoas para que fiquem mais atentas em relação aos estelionatários. Lembra ainda que todas as pessoas estão sujeitas a cair em golpes e, por isso, é preciso ficar atento.