Dois homens, de 24 e 38 anos, vão responder por homicídio triplamente qualificado -  (crédito: Câmera de monitoramento/Reprodução)

Dois homens, de 24 e 38 anos, vão responder por homicídio triplamente qualificado

crédito: Câmera de monitoramento/Reprodução

O Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais revogou a prisão preventiva do cabo Fabrício Rodrigo da Silva, que estava com o cabo Rafael Delgado Will Nogueira, de 35 anos, no dia em que ele foi morto por disparo de arma de fogo perto de uma casa de shows na madrugada de 28 de setembro, no Bairro Santa Terezinha, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.

 

Conforme o boletim de ocorrência, o cabo Fabrício tinha sido preso por omissão de socorro, mas teve a liberdade provisória concedida pela Justiça Militar e vai usar tornozeleira eletrônica.


A Justiça Militar informou que a defesa pediu a soltura do militar, e o Ministério Público concordou com a troca da prisão por medidas cautelares. Com isso, na terça-feira (22), o juiz liberou o cabo, impondo monitoramento eletrônico e proibindo o contato com testemunhas, civis envolvidos e seus familiares, além de manter uma distância de 500 metros. No mesmo dia, foi emitido o alvará de soltura.

 

“Meu cliente chegou a ligar para o 190 três vezes. Ele, inclusive, ficou sem reação após o crime, estava muito embriagado e em total desconexão com a realidade", afirmou ao Estado de Minas o advogado do militar, Berlinque Cantelmo.

 

 

 

Dois homens, de 24 e 38 anos, vão responder por homicídio triplamente qualificado. A ação foi registrada por uma câmera de monitoramento. Um jovem de 21 anos também foi indiciado depois de confessar ter escondido o revólver usado no homicídio.


 

Em coletiva à imprensa nesta terça-feira (22/10), a Polícia Civil esclareceu que o cabo Will ligou para o amigo, cabo Fabrício, chamando-o para sair a fim de comemorar o término de um namoro.

 

Os dois eram amigos há sete anos e se encontraram para ir a um bar beber cerveja por volta das 22h. De madrugada, eles foram de carro à Boate La Rock, na Avenida Heráclito Mourão de Miranda, pois o cabo Will queria encontrar uma garota que ficava com ele.

 

Chegando ao estabelecimento, os policiais deixaram suas armas na portaria e entraram, voltando a beber. Como a boate estava vazia, resolveram ir embora. Na saída, eles viram duas mulheres e resolveram abordá-las. Pararam na rua e ali ficaram, mesmo depois de elas terem saído.


 

Os suspeitos do homicídio, que haviam saído de Ribeirão das Neves, na Grande BH, também foram para a mesma região. Um deles, ao perceber um problema no para-choque do carro, parou o veículo atrás do automóvel dos militares. A dupla policial estranhou a conduta, uma vez que os homens estavam bloqueando uma garagem.

 

Um dos policiais se aproximou do homem que consertava o para-choque, enquanto o outro foi em direção ao segundo suspeito no banco do passageiro.

 

Conforme a Polícia Civil, quando um dos policiais anunciou que estava armado, o passageiro, que já estava alcoolizado e tinha antecedentes por tráfico de drogas, disparou em direção a eles, atingindo ambos. Rafael Delgado Will Nogueira morreu. Os suspeitos fugiram.

 

“Eles abandonaram o veículo utilizado no homicídio e tentaram se deslocar para a região de Três Marias. No entanto, no dia seguinte, um dos veículos conduzido por eles apresentou problemas mecânicos em Corinto. Parentes que estavam em Belo Horizonte foram até a região para auxiliá-los na fuga”, disse o delegado Lucas Daniel Alves Nunes.

 

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A Polícia Militar percebeu a movimentação suspeita e abordou um dos veículos, que transportava duas meninas a caminho de ajudar os suspeitos. Um homem foi preso na ação, mas o procurado pelos disparos conseguiu escapar para uma área de mata em Corinto, onde ficou por dez dias. Por fim, no dia 8 de outubro, a população acionou a PM informando a localização do homem, que não resistiu à prisão.