Márcio não abre o restaurante aos domingos, mas foi obrigado a lavar o espaço para tirar a lama -  (crédito: Jair Amaral/EM/D. A. Press)

Márcio não abre o restaurante aos domingos, mas foi obrigado a lavar o espaço para tirar a lama

crédito: Jair Amaral/EM/D. A. Press

 

A manhã deste domingo (27/10) foi de muito trabalho e faxina nos comércios alagados pelas fortes chuvas em Belo Horizonte na noite de sábado (26). Na Avenida Silva Lobo, na Região Oeste, a mais afetada pelo temporal, comerciantes aproveitam o dia para limpar os estabelecimentos antes do início da semana.

 

Márcio Mendes de Souza, de 53 anos, não abre seu restaurante aos domingos, mas teve que deixar as portas abertas nesta manhã para retirar a água das chuvas que entrou no local.

 

 


 

“Todo ano chove e inunda tudo. Todo fim de ano é a mesma coisa”, explica Márcio, que conta que não se assusta mais com os alagamentos, pois são comuns.

 

O comerciante estima que a água chegou a meio palmo de altura e só não causou grandes estragos porque o piso do restaurante é mais alto que a calçada.


 

O prejuízo de Márcio se limitou aos produtos de limpeza e à água usados na faxina. Quem não teve a mesma sorte foi seu vizinho, Bruno Assunção de Oliveira, de 39 anos, dono de uma loja de pneus.

 

 

“Este ano foi a primeira vez que alagou, mas em 2019 tivemos um grande prejuízo e o telhado caiu. Em 2021, alagou de novo”, relata.


 

Bruno diz que já se acostumou a ver a Avenida Silva Lobo cheia de estragos depois das chuvas fortes.

 

“Isso é normal. Toda vez alaga, estoura bueiro e quebra a calçada. A tubulação de esgoto fica toda aberta”, explica.

 

Este ano, o prejuízo na loja foi grande, porque o comerciante não conseguiu retirar os equipamentos para balanceamento e todos foram danificados pela água.

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

 

“Vou ter um prejuízo de R$ 15 mil. Vou precisar pedir uma nova máquina para poder trabalhar na segunda-feira”, relata.