Boca de urna ou boca de fumo? O candidato a vereador detido suspeito de trocar votos por maconha na tarde deste sábado (5/10) em Três Marias, na Região Central de Minas, transmitiu numa rede social o momento em que policiais militares encontraram drogas na sua barbearia. O candidato se defendeu quando os oficiais mostraram um saco com 28 buchas de maconha encontrado no estabelecimento. “Não sei como essa droga veio parar aqui não. Misericórdia!”, disse na gravação. Ele alega que o flagrante foi armado por um adversário político para prejudicar sua campanha.

 


A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informou ter ido à barbearia do candidato a vereador, de 24 anos, para averiguar se o tráfico ou a compra de votos ocorria, o que não foi verificado. O candidato abriu uma live no Instagram enquanto os policiais vasculhavam o estabelecimento em busca de drogas.

 

 

Na gravação, ele diz para outras pessoas presentes na barbearia “eu já sabia, eu falei para os burros que isso ia acontecer” e “falar a verdade dá nisso, viu”. As falas seriam referência à abordagem policial, que o candidato acusa terem sido motivadas por uma armação feita por um adversário político.

 




Policiais militares vasculharam atrás e dentro de móveis, como sofás e poltronas, enquanto o candidato dizia para “ficarem à vontade”. Em determinado momento, um dos oficiais aparece com uma sacola preta com 28 buchas de maconha que, informou a PM, foi encontrada entre colchonetes. O candidato respondeu dizendo “sei como isso veio parar aqui não” e “você acha que eu, candidato, ia mexer com droga?”.


Ao receber a voz de prisão, o candidato a vereador pede para as pessoas que estavam acompanhando a transmissão gravarem a tela. “Olha a covardia que estão fazendo comigo. Sei nem o que falar não”, disse.

 

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A PMMG informou que o suspeito tem passagens por tráfico de drogas, furto, receptação, ameaça e roubo. Ele foi levado para a delegacia da Polícia Civil (PCMG) onde foi ouvido. "O homem de 24 anos foi conduzido, ouvido pela autoridade policial e, em seguida, liberado. A PCMG esclarece que o caso segue em investigação", informou a instituição.

 

 

O candidato disse à reportagem que o flagrante foi forjado pelo adversário político, que seria um dos postulantes à prefeitura da cidade. "Eu abri mão dele e postei nas mídias quem ele é. Isso deu uma balançada no barco dele e, com isso, ele perdeu vários votos", afirmou.

 

Com informações de Mateus Parreiras

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