Um homem de 54 anos, que está preso, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) depois de ser apontado como o responsável pelo cárcere privado da companheira, de 40, e por crimes sexuais contra as filhas do casal e a sogra na zona rural de Novo Oriente de Minas, região limítrofe com Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais.

 

A investigação começou após a denúncia de uma das vítimas, filha do suspeito. De forma geral, a PCMG diz que os episódios de violência teriam ocorrido por mais de duas décadas.

 



 

Em relação às filhas do casal, foi reportada à polícia a prática de atos libidinosos com elas. A PCMG diz que o homem chegou a furar a parede da casa para ver as meninas se vestindo e tomando banho, mas não deu detalhes de que forma a violência sexual se manifestou.

 

A instituição policial relatou ainda que a mãe da companheira do suspeito “também foi violentada sexualmente” por ele. Em decorrência do estupro, a mulher teve uma doença, não especificada pela PCMG, e morreu por falta de assistência médica negada pelo suspeito.

 

Cárcere privado, abortos e ocultação de cadáver

 

A investigação apontou ainda que a companheira do suspeito sofreu três abortos após ser obrigada a ingerir medicamentos. Um dos fetos tinha oito meses, e todos foram enterrados no quintal da casa, onde uma roupinha de bebê, condizente com as informações repassadas, foi encontrada.

 

A vítima só saía de casa para receber o benefício e, muitas das vezes, era acompanhada pelo companheiro. Nenhum vizinho a conhecia, e os parentes não tinham acesso a ela, apurou a Polícia Civil.

 

Com isso, o investigado foi indiciado pelos crimes de cárcere privado, estupro de vulnerável, violência psicológica, aborto e ocultação de cadáver. Ele nega os fatos, mas acabou preso preventivamente e encontra-se no sistema prisional, enquanto a esposa dele e os filhos menores estão em segurança em outro estado.

 

 

Ao emitir comunicado no início da noite desta segunda-feira, a PCMG informou que “indiciou um homem, de 54 anos, por diversos crimes cometidos contra a companheira, de 40, os sete filhos, com idades entre 3 e 22 anos, e a sogra, já falecida”. Porém, ao falar sobre “a prática de atos libidinosos”, a instituição policial afirmou no comunicado que esses atos aconteceram com as “filhas do casal”.

 

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A reportagem entrou em contato pedindo mais esclarecimentos dos crimes praticados contra os filhos, se todos eles são do casal e se a violência psicológica teria sido contra parte dessas vítimas. Caso ocorra retorno, esta publicação será atualizada.

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