O terceiro envolvido na morte do cabo da Polícia Militar Rafael Delgado Will Nogueira, de 35 anos, identificado como “Tolebe”, foi preso no início da tarde desta terça-feira (7/10) em uma fazenda em Corinto, Região Central de Minas.


Segundo a major Layla Brunella, porta-voz da PMMG, desde o dia do crime a Polícia Militar vinha trabalhando, com o auxílio do Serviço de Inteligência da corporação, para tentar localizar e prender esse terceiro suspeito.




 

O primeiro suspeito do assassinato do militar tinha sido preso no dia 29 de setembro, um domingo, também em Corinto, para onde fugiu. O crime ocorreu na madrugada do dia anterior, próximo a uma boate no Bairro Santa Terezinha, região da Pampulha, em Belo Horizonte.


Depois dessa prisão, o segundo envolvido também foi preso em Três Marias, na Região Central de Minas.


O crime

Rafael Delgado Will Nogueira foi morto a tiros na porta do prédio onde morava. Ele estava de folga, na companhia de um companheiro de farda. Segundo testemunhas, três disparos de arma de fogo ecoaram na madrugada em frente ao prédio.


Imagens de uma câmera de segurança mostraram o momento da chegada dos dois policiais à frente do prédio, o cabo descendo, indo até um carro que havia estacionado atrás do que ele estava, quando acontecem os disparos. O cabo cambaleia e cai no meio da rua.


 

O veículo onde estavam os matadores arranca em velocidade e o outro policial vai até o corpo do cabo e depois sai correndo, retornando ao local duas horas depois.


Os autores do crime fugiram em alta velocidade em um veículo prata. O corpo do cabo foi largado no meio da rua. O policial que estava em sua companhia também foi preso. Ele deixou o local sem prestar assistência e, por isso, foi indiciado por omissão de socorro. 


Depois da fuga, os autores do crime foram vistos seguindo em direção a Sete Lagoas. O Serviço de Inteligência da PM descobriu que, na verdade, eles foram para Corinto.


O grupo foi localizado nas proximidades daquela cidade e chegaram a trocar tiros com policiais militares. Um deles, de 24 anos, tentou fugir em direção à zona urbana de Corinto e foi preso.


Omissão de socorro

Fabrício Rodrigues da Silva, que acompanhava o cabo, foi indiciado por omissão de socorro. Como dito antes, ele saiu do local ao perceber que o colega havia sido baleado e só retornou duas horas depois, não prestando qualquer auxílio.

 

Na delegacia, o militar disse que só falaria na presença de um advogado. Glauber Paiva, defensor do policial, nega qualquer omissão de socorro. Segundo ele, o cabo saiu do local “por receio à sua vida e integridade física”. Antes, no entanto, ele verificou que o colega já não apresentava sinais vitais e ligou para o 190, número de emergência.

 

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Após se afastar inicialmente, o acusado ainda teria retornado à cena do crime mais tarde, o que, para a defesa, refuta a alegação de omissão de socorro. O PM preso é cabo lotado na 8ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Lagoa Santa, na Grande BH.

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