“Já sei que esta noite, ninguém vai dormir aqui em casa. Nem eu, nem minha mulher e nem a minha filha. Desde que mudei pra cá, há 23 anos, nunca vi nada igual. A situação, com relação aos furacões, está piorando de uns tempos pra cá”. As afirmações são do mineiro que foi jogador de futsal do Atlético Mineiro, Paulo Roberto Costa, conhecido como Paulinho.
Ele vai completar 58 anos na próxima semana e passou os últimos dias preparando a proteção de sua casa, em Cape Coral, Miami, Flórida, por causa do furacão Milton, que está avaliada em grau máximo de perigo, F5, e deve atingir o sul da Flórida na noite desta quarta-feira (9/10).
Segundo Paulinho, os furacões aconteciam de vez em quando, mas de um tempo para cá, se tornaram mais rotineiros. “Lembro de um em 2004. Nem me recordo o nome. Depois, só em 2017 tivemos esse alerta. O de 2022, o Nicole, foi o pior, pois causou muita destruição”, diz ele.
Nesta quarta-feira, Paulinho acordou cedo para colocar os carros para fora da garagem. “É que a garagem, aqui funciona como um depósito e tem muita coisa. Colocar os carros, o meu e da minha filha, para fora é mais seguro.
Depois de posicionar os veículos, Paulinho foi verificar a proteção de portas e janelas, todas em metal. “Isso é uma das coisas que ficam armazenadas na garagem. A gente já sabe que virão outros furacões e por isso, adquirimos as proteções”.
Ele conta ainda que existem informativos, de hora em hora, sobre a situação e como se deve proteger. “Para Cape Coral, não disseram que a gente tinha de evacuar. Disseram sim, que deveríamos proteger nossas casas, porta e janelas. Já fiz tudo o que era possível. Agora, vamos ficar em casa, eu, Juliana, minha mulher, e Anna Luíza, minha filha. Com certeza, não dormiremos de hoje para amanhã”, explicou.
Paulinho diz que a expectativa é de que o período mais perigoso do furacão aconteça a partir de 22h, até o amanhecer de quinta-feira. “É o que estão alertando por aqui”.
Alerta
Ele conta que os alertas emitidos pelo governo dão conta de que o furacão Milton vai afetar toda a Flórida, e que chegará, primeiro, a 28 cidades, localizadas nas regiões de Tampa Bay, North Port Charlotte, Punta Gorda, Orlando, Fort Myers, Cape Coral, Fort Myers Beach, Sanibel e Captiva.
Para a região de Cape Coral, segundo ele, as informações são de que o furacão estará na categoria F3, por isso, não determinaram a evacuação da área. “Mas já vivi situação, aqui, bem preocupante, desesperadora. Como a de 2022, com o Nicole" relembrou o mineiro.
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A preocupação maior, segundo ele, são as casas em região de mar. “Estão dizendo, nos alertas, que o mar vai invadir. Eu estou, relativamente, longe do mar, mas não deixo de estar apreensivo. Por isso tirei os carros da garagem. Lá, seria pior.”
O ex-jogador revelou também que se preocupa com o chamado “depois do furacão”. Ele tem uma empresa de pintura de casas, e a mulher, Juliana, de limpeza de residências e escritórios. “Depois que passar a tempestade, teremos muito trabalho. Estamos prontos. Mas antes, temos de passar por mais essa provação, vencer o furacão”, diz Paulinho.