Depois de quase seis meses de estiagem, chove em várias regionais de Belo Horizonte na noite desta quarta-feira (9/10). A capital está sob alerta da Defesa Civil para chuvas de até 20 mm até as 10h de quinta (10/10).

 

 

Segundo o órgão, as regiões Centro-Sul e Oeste foram as primeiras a registrar chuva forte, por volta das 20h. Já nas regiões Noroeste e Barreiro, a precipitação variou de fraca a moderada, com relatos de tempestades em bairros como Coração Eucarístico, Caiçaras e Flávio Marques Lisboa. A Regional Venda Nova foi a única que não teve qualquer registro de precipitação até o momento.

 

Desde abril, a capital mineira vivia sob a sombra da estiagem, com uma breve chuva isolada em 22 de setembro que mal molhou o chão. As previsões agora apontam que, até o próximo domingo (13/10), o volume acumulado pode variar entre 80 mm e 120 mm, superando em poucos dias a média climatológica de outubro, que é de 110,1 mm.

 

Os dias com maior chance de precipitação intensa serão quinta e sexta-feira (11/10), com estimativas de 50 mm e 30 mm, respectivamente. Nesses períodos, a Defesa Civil recomenda que a população não trafegue em áreas de inundação ou em ruas sujeitas a alagamentos durante chuvas fortes. Se estiver na rua, também não é recomendado permanecer em áreas abertas e não se abrigar embaixo de árvores.

 

Diante da previsão de mais chuvas fortes nos próximos dias, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou medidas preventivas para mitigar os impactos de possíveis inundações e deslizamentos. A partir de quinta, o Posto de Comando do Centro Integrado de Operações (COP-BH) estará em operação, com 16 instituições monitorando ocorrências em tempo real.

 

Embora o retorno da chuva tenha trazido alívio para muitos, o dia foi marcado por mais um recorde de calor. Belo Horizonte registrou nesta quarta-feira a segunda maior temperatura do ano, com os termômetros alcançando 36,7°C, apenas 0,1°C abaixo do recorde histórico de 36,8°C registrado na terça-feira (8/10).

 

Queda de energia e congestionamento

 

No entanto, a chuva também trouxe transtornos. Alguns bairros, como Jardim América e Caiçaras, enfrentaram falta de energia elétrica. Na Avenida Barão Homem de Melo, semáforos desligados por causa do apagão provocaram congestionamentos nas proximidades da UPA Oeste, dificultando o retorno para casa de motoristas e passageiros de ônibus.

 

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que as quedas de árvores e objetos lançados contra a rede elétrica, como telhados e galhos, foram os principais responsáveis pelos cortes no fornecimento. Equipes da Cemig estão trabalhando para restabelecer a energia nas áreas afetadas.

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