A Polícia Militar prendeu, nesta quinta-feira (10/10), mais um dos suspeitos de envolvimento nos assassinatos de duas crianças e um homem durante um ataque a uma festa infantil, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em maio deste ano.

 

 

O homem de 39 anos foi encontrado em um estabelecimento de entrega de marmitas no Bairro Nova Gameleira, Região Oeste da capital, após os militares receberem denúncia anônima. Apontado como um dos responsáveis por planejar o crime, ele não ofereceu resistência à prisão.

 



 

Incluindo dois mandantes e três executores, oito pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado no inquérito que apurou as motivações da morte. A identificação foi feita a partir de vídeos aos quais a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) teve acesso. Até julho, três já estavam presos: um mandante, que orquestrou o crime da cadeia; uma mulher que teria passado informações sobre a festa; e um atirador detido em flagrante no dia do crime.


 

O dia do crime e a motivação

Em 23 de maio, morreram Felipe Júnior Moreira Lima, conhecido por “Melese”, de 26 anos; o filho de Felipe, Heitor Felipe, de 9; e Layza Emanuele Pereira de Oliveira, de 11, prima de Heitor. Na ocasião, homens armados invadiram a festa de aniversário de Heitor em um sítio em Ribeirão das Neves. Os atiradores foram reconhecidos pelos participantes da festa e seriam próximos às famílias das vítimas.

 

Felipe foi atingido ao menos 12 vezes por disparos de arma de fogo e morreu no local. O crime teria sido motivado pela disputa por ponto de tráfico de drogas na região do Bairro Morro Alto, em Vespasiano, na Grande BH, onde Felipe, o pai do aniversariante, morava. Segundo as investigações, o homem já tinha um desacordo com os traficantes da comunidade depois que mudou o fornecedor dos entorpecentes.

 

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Ainda segundo as investigações, a morte das crianças não foi um acidente e, sim, o objetivo dos atiradores e mandantes. Conforme a Polícia Civil, o objetivo do grupo era, além de matar Felipe, fazer o maior número de vítimas para passar um “recado” e evitar que outras pessoas interviessem na mudança da chefia do tráfico.

 

 

 

 

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