O dono de um frigorífico de São José do Rio Preto (SP) foi preso sob suspeita de estelionato contra cinco pecuaristas de Frutal, no Triângulo Mineiro. O prejuízo das vítimas totalizou R$ 4.923.837,59. O empresário e outro investigado, que é considerado foragido, são suspeitos de causar prejuízos a mais vítimas em algumas cidades de Minas Gerais e também do estado de São Paulo.

 

Conforme a Polícia Civil de Frutal, por meio da Operação Lucro Sujo, foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (16/10), em Rio Preto, por equipe da Delegacia de Repressão a Crimes Rurais de Frutal, três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão. Foram apreendidos dois veículos Hilux/Toyota e R$ 13.654 em dinheiro.

 



 

"Uma prisão foi realizada. O outro investigado estava no frigorífico e, quando estávamos chegando lá, ele conseguiu sair do local cerca de dois ou três minutos antes. Então, ele é considerado foragido e estamos em sua captura. Assim que conseguirmos localizá-lo, daremos cumprimento à prisão preventiva", informou o delegado responsável pelas investigações, Fabrício Altemar. "Será decretada a indisponibilidade de bens imóveis e valores que, por ventura, estejam em nome dos investigados", complementou.

 

 

A operação, ainda conforme o delegado, visou coibir a prática do crime de estelionato na compra de bovinos, praticada pelos investigados, que possuem um frigorífico em São José do Rio Preto, além de um confinamento de bovinos na cidade de Ipiguá (SP).

 

 

"Os autores ganharam a confiança das vítimas nas compras de bovinos, realizando pagamento à vista. Depois, começaram a comprar semoventes a prazo, mediante pagamento em cheques, e passaram a não honrar os pagamentos, gerando um grande prejuízo às vítimas", explicou Altemar.

 

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Prejuízos a outras vítimas

 

O delegado também informou que foram registradas contra os suspeitos, em algumas cidades dos estados de Minas Gerais e São Paulo, mais de 25 ocorrências por estelionato e apropriação indébita.

 

"O modus operandi é a fraude na compra de bovinos, mediante o pagamento com cheque sem provisão de fundos. Se somarmos todos os boletins de ocorrência de vítimas de São José do Rio Preto e de outras cidades de Minas Gerais, que devem estar com seus inquéritos policiais instaurados, acreditamos que o prejuízo aos produtores rurais passa de R$ 10 milhões", finalizou o delegado da PC de Frutal.

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