O morador de Belo Horizonte, Bruno Jardim de Miranda Zoffoli, de 43 anos, morreu depois de fazer um mergulho na ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, na última terça-feira (15/10). Zoffoli estava em Noronha com amigos e família. O mineiro realizava o mergulho em profundidade com o auxílio de um cilindro de oxigênio no navio militar naufragado Corveta V17, a 62 metros de profundidade, quando passou mal. 

 


Conforme a Administração de Fernando de Noronha, o turista foi resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e deu entrada, na tarde da terça-feira, no Hospital São Lucas. O mineiro apresentava sintomas respiratórios e rebaixamento do nível de consciência após mergulho profundo com cilindro.

 




O mergulhador foi diagnosticado com a doença descompressiva e recebeu indicação de fazer terapia hiperbárica. Com a terapia, o paciente respira um oxigênio 100% puro, o que aumenta a quantidade de oxigênio transportada no sangue. Depois de realizar o tratamento por algumas horas, Zoffoli apresentou uma melhora clínica dos sintomas. No entanto, momentos depois, o mineiro acabou tendo uma parada cardiorrespiratória.

 

 


Apesar dos esforços em procedimentos de reanimação por cerca de 1 hora e 30 minutos, Zoffoli não resistiu. O corpo foi encaminhado para o IML, no Recife, para verificação da causa da morte.

 

O salve aéreo decolou nesta quarta-feira (16/10) da ilha com o corpo, por volta das 12h, no horário local. O corpo de Bruno ainda está no IML de Recife, realizando os trâmites finais burocráticos para liberação, e a previsão é que, até o final desta quinta-feira (17/10), já esteja em Belo Horizonte.


O que é a doença descompressiva? 

A doença descompressiva é causada pelo excesso de nitrogênio ou por outro gás inerte usado na mistura respiratória, como o gás hélio, dissolvido nos tecidos do corpo humano em decorrência da permanência do indivíduo em condições hiperbáricas. A condição é propícia na atividade realizada pelos mergulhadores, principalmente aqueles que praticam o esporte em profundidade.

 


A doença tem como gatilho a expansão das bolhas de gás inerte no sangue ou nos tecidos do corpo. Quando isso acontece, efeitos intravasculares podem ocorrer, como isquemia, trombose, espasmo vascular, estase venosa e hemorragia.

 

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Em certas quantidades e volumes, o ser humano consegue lidar e eliminar o gás inerte. No entanto, quando a velocidade de descompressão excede a capacidade do organismo de eliminá-lo, a doença pode acometer o mergulhador.

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