A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a sexta melhor do Brasil, segundo o ranking britânico da Times Higher Education (THE), divulgado na semana passada. Na América Latina, a instituição ocupa a nona posição conforme o levantamento, que avaliou 2.092 instituições localizadas em 115 países e territórios.

 

O rankeamento é feito desde 2004 e adota uma regra de corte bastante restritiva. A UFMG também aparece na posição 294 entre as universidades que oferecem o melhor ensino do mundo. Em algumas áreas, a UFMG teve um desempenho na edição de 2025 que supera a sua colocação geral. São os casos de Direito (201-250), Educação (251-300), Artes e Humanidades (301-400) e Ciências da Vida (501-600).

 



 

A federal mineira também esteve no ranking nos anos de 2019, 2000 e 2021. De acordo com o diretor do Escritório de Governança de Dados Institucionais da UFMG, o professor Dawisson Belém Lopes, a posição no ranking britânico está relacionada a outra dimensão muito valorizada pela agência britânica: a reputação institucional.

 

 

“Esse indicador é aferido por meio de votos coletados entre pesquisadores e lideranças universitárias, dentro e fora do país, com peso maior entre os votantes do exterior. Nas últimas três edições do levantamento, o número de menções à UFMG subiu mais de 20 vezes, o que reflete o crescimento da exposição da nossa marca tanto dentro quanto fora do Brasil”, diz.

 

Além de rankings, a THE também organiza conferências com altos dirigentes da educação superior mundial. Uma delas, programada de 8 a 10 de julho de 2025, terá a UFMG como sede. Trata-se da THE Latin America Universities Summit, reunião de cúpula de universidades latino-americanas. Primeiro a ser realizado no Brasil em formato presencial, o evento tem como tema Universidades como repositórios de conhecimento confiável.


 

No entanto, a queda dos níveis de financiamento das universidades brasileiras foi captada pelo ranking da THE e resultou na redução generalizada da produtividade científica no Brasil, fenômeno que também já havia sido identificado pelo QS Ranking, divulgado no início deste mês.

 

Essa situação, segundo Dawisson, levou, inclusive, a agência britânica a produzir um documento retratando a situação global. Além do Brasil, universidades dos Estados Unidos, Rússia, Itália e Espanha registraram queda de produtividade em pesquisa. Por outro lado, Índia, China, Turquia e Japão tiveram crescimento.

 

 

Na visão da reitora Sandra Goulart Almeida, o financiamento das universidades brasileiras impacta todas as áreas das instituições, em especial a pesquisa de ponta que necessita de infraestrutura adequada e modernizada.

 

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“Há mais de uma década nossos orçamentos vêm sendo sistematicamente deteriorados. E hoje somos maiores, mais inclusivos e melhores com um orçamento que não acompanha a qualidade e o impacto da nossa Instituição. Necessitamos de financiamento sustentável e crescente, se quisermos que nossas universidades tenham desempenho compatível com as melhores instituições do mundo e ofereça uma educação de qualidade e de referência para a sociedade", relata a reitora.

 

Outro levantamento

Neste ano, a instituição também esteve entre as 15 melhores universidades da América Latina, segundo o QS World University Ranking, divulgado no dia 3 de outubro. Conforme a 14ª edição do ranking, a universidade mineira alcançou o 13º lugar na lista, enquanto o pódio foi formado pela Universidade de São Paulo (USP), em primeiro lugar, a Pontifícia Universidade Católica do Chile, em segundo, e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em terceiro.

 


Nesse ranking foram avaliadas 437 universidades de 23 países, com o Brasil aparecendo seis vezes no top 15. Além da UFMG, também estão na lista a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 5º lugar; a Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 8º; e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), em 14º.

 

A QS Quacquarelli Symonds, especialista global em educação superior, é a responsável pelo relatório. O relatório reconheceu as contribuições da UFMG para o avanço acadêmico e científico, bem como seu papel na formação de profissionais dentro do sistema de ensino superior brasileiro.

Sobre a UFMG

A UFMG possui quatro campi, com uma área total de 8,76 milhões de metros quadrados, e instalações que abrangem 639 mil metros quadrados. Engloba 20 unidades acadêmicas (faculdades e escolas), três unidades especiais, três unidades administrativas, dois hospitais e 25 bibliotecas.
Oferece ainda 91 programas de graduação, com mais de 34 mil estudantes. A UFMG também disponibiliza 90 programas de pós-graduação, incluindo 63 no nível de doutorado, com mais de 12 mil alunos matriculados.

 

 

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