No primeiro dia da audiência de instrução da chacina que ocorreu em 23 de maio deste ano, em um sítio no Bairro Areias de Baixo, apenas quatro depoimentos foram colhidos entre as 40 testemunhas e acusados na 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri de Ribeirão das Neves, na Grande BH. No local, morreram o aniversariante, Heitor Felipe Moreira de Oliveira, de 9 anos de idade, a prima dele, Laiza Emanuelle, de 11, e o pai do menino, Felipe Moreira Lima.

 




 

Segundo o advogado Bruno Torres, assistente de acusação, o depoimento da mãe de Heitor, Evelin Eduarda Maia de Oliveira, de 27 anos, foi o mais longo, com duração de quatro horas e meia.

 

Chamou a atenção, também, o depoimento de uma das sobreviventes, uma mulher que levou 28 tiros. Ela chegou ao local amparada e levantou a roupa, mostrando os ferimentos, alguns deles ainda não cicatrizados.

 

 

Também foram ouvidas uma cunhada de “Meleze” e uma criança convidada para a festa, amiga de Heitor e Laiza, que levou um tiro. Restam ainda 36 pessoas a serem ouvidas, entre acusados e testemunhas.


 

São oito os indiciados: Yago Pereira de Souza Reis; Ivone Silva de Almeida; Marcelo Alves Rodrigues, conhecido como “Tio Gordo”; Agnes Danrlei Santos Nascimento, vulgo “Biscoito”; e Fabiano Alves Campos, que estão presos. Três são foragidos: Leandro Roberto de Almeida, o “Berola”; Flavio Celso da Silva, o “Alemão”; e Pedro Paulo Ferreira Lima, o “Paulinho Satã”.


 

O advogado de um dos acusados, Yago Pereira de Souza Reis, solicitou a liberação do cliente, alegando excesso de prazo, o que foi indeferido pela juíza Fernanda Chaves Carreira Machado.

 

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A continuidade da audiência de instrução acontecerá em pelo menos mais dois dias. O próximo será na terça-feira (4/11) e o terceiro, em 10 de dezembro. Segundo o assistente de acusação, a audiência de instrução se torna longa devido ao grande número de depoimentos, que são demorados.

 

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