O homem suspeito de matar a esposa com um golpe de "gravata" foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por feminicídio majorado – devido ao fato de a vítima ter filhos menores – e por aborto provocado. O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça na sexta-feira (25/10), conforme confirmado nesta quarta-feira (30/10) pelo delegado Ivan Lopes.
Segundo as investigações, Rute Maria dos Santos, de 38 anos, teria sido morta durante uma discussão com o marido dentro do carro. Após o crime, o suspeito abandonou o corpo na porta da casa da família e fugiu.
No dia do crime, o casal deixou os filhos em casa e saiu de carro. Durante o passeio pelo bairro Sol Nascente, eles começaram a discutir. A discussão teria sido motivada por uma suposta traição da mulher. Em depoimento, o suspeito afirmou que a esposa admitiu o relacionamento extraconjugal, o que, até o momento, não foi confirmado.
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Após o homicídio, o homem deixou o corpo da esposa na porta de casa e abandonou o veículo em um canavial. O corpo da vítima foi encontrado por pessoas que passavam pelo local. A polícia localizou e prendeu o suspeito no mesmo dia do crime, ocasião em que ele confessou o feminicídio.
Aborto
Dois dias antes do crime, Rute havia sofrido um aborto. A Polícia Civil também investiga a relação entre o procedimento e o feminicídio. A Justiça autorizou a análise dos dados dos celulares da vítima e do suspeito para esclarecer a motivação e determinar se o aborto foi provocado ou espontâneo.
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De acordo com o delegado Ivan Lopes, o médico-legista não encontrou o feto no útero da mulher, mas identificou um sangramento que indicava um possível aborto.
*Laís Abreu especial para o EM