Funcionamento das vacinas contra o câncer apresentam avanços -  (crédito: DINO)

O objetivo da campanha é atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos

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A Campanha Estadual de Multivacinação começa nesta segunda-feira (4/11). Porém, em Belo Horizonte há falta de doses da vacina contra a catapora e do imunizante que protege contra difteria, tétano e coqueluche, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). 


O objetivo da campanha é atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos e garantir proteção ao público, contribuindo para o controle e erradicação de doenças imunopreveníveis. A ação vai até 29 de novembro. 

 


A aplicação dos imunizantes será feita nos 153 centros de saúde das nove regionais da capital e no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante. Os endereços e os horários de funcionamento podem ser verificados on-line.


Doses disponíveis  

Entre as vacinas disponíveis estão: rotavírus, poliomielite, meningocócica ACWY, pneumocócica 10, hepatites A e B, papilomavírus humano (HPV), pentavalente, febre amarela, tríplice viral e gripe. O imunizante que protege contra a dengue também poderá ser aplicado exclusivamente no grupo de 6 a 14 anos, de acordo com a avaliação da situação vacinal, que definirá a necessidade de administração da primeira ou segunda dose. Segundo a PBH, o imunizante BCG será oferecido exclusivamente nos locais de referência, que podem ser verificados no portal da Prefeitura

 


 

A vacina contra a COVID-19 também estará disponível durante a campanha, já que o município recebeu cerca de 8,2 mil doses para serem aplicadas nos públicos infantil e adulto. Inicialmente, a PBH informa que não serão oferecidos imunizantes contra a varicela (catapora) por falta de estoque na rede pública. O Executivo Municipal esclarece que comunicou à Secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre a falta, mas, até o momento, não recebeu previsão de reabastecimento. 


Em relação à tríplice bacteriana (DTP), que previne contra difteria, tétano e coqueluche, também indisponível, a solução encontrada foi uma substituição. A imunização será feita com pentavalente, seguindo orientação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). 


A PBH lembra que todas as vacinas oferecidas na rede SUS-BH são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde e repassadas ao município pelo governo estadual. Belo Horizonte é responsável pela aplicação das doses recebidas.

 


Documentação 

Durante a Campanha de Multivacinação as doses serão aplicadas de acordo com a avaliação da situação vacinal de cada criança e adolescente. Por isso é fundamental que os pais ou responsáveis estejam presentes e levem a caderneta de vacinação para a conferência e atualização. Também é necessário um documento de identificação com foto, CPF e comprovante de endereço residencial para o devido registro.


Coberturas vacinais em Minas

Em Minas, o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, explica que a campanha terá o Dia D, em 23 de novembro, uma estratégia fundamental para aumentar as coberturas vacinais no estado.


“Foram distribuídas mais de 1,9 milhão de doses de imunizantes indicados para o público elegível. Dessa forma, quem não tiver registrado, por qualquer motivo, as doses administradas de acordo com o calendário nacional, poderá atualizar o documento vacinal”, orienta.


Segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), Minas Gerais tem registrado importantes avanços no alcance vacinal. 


A cobertura da meningocócica C, que estava em 97,05% em 2023, aumentou, de janeiro a setembro de 2024, para 104,15%, ultrapassando a meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde. 


Já no caso da tríplice viral, o índice, que era de 90,11% para a primeira dose (D1) e 74,31% para a segunda dose (D2) em 2023, aumentou para 106,19% (D1) e 81,69% (D2), em 2024 (janeiro a setembro).


A coordenadora Estadual do Programa de Imunização, Josianne Dias Gusmão, também ressalta a importância do engajamento de todo o público elegível, para que o estado aumente as coberturas de vacinas como da febre amarela, por exemplo. 


Atualmente, esse imunizante registra o alcance de 87,51% em menores de 1 ano, índice muito abaixo da meta recomendada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.

 

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“A imunização é uma das medidas mais importantes de prevenção a doenças e a falta do documento vacinal não é impedimento para que os usuários se vacinem. É só procurar a unidade de saúde mais próxima, com o documento de identidade. Inclusive, pais e responsáveis também podem aproveitar o momento para atualizar seu próprio cartão”, esclarece a coordenadora.