Foi exonerado na manhã desta segunda-feira (4/11) Diogo Fernandes, que exercia o cargo de presidente da JF Prev, autarquia que administra a previdência dos servidores públicos de Juiz de Fora, localizada na Zona da Mata Mineira.
Segundo comunicado da Prefeitura de Juiz de Fora, Fernandes pediu a exoneração. Neste final de semana ele foi acusado de agredir a esposa, de 29 anos, após crise de ciúmes.
"A Prefeitura de Juiz de Fora comunica a demissão, a pedido, do Presidente do JF Prev, Diogo Fernandes. Na oportunidade, enfatiza também o seu completo repúdio a qualquer ato de violência cometido contra mulheres, solidariza-se com a vítima e lamenta profundamente o acontecido", informou a PJF.
O sucessor de Diogo Fernandes ainda não foi anunciado.
Agressões
Segundo o boletim de ocorrência, que o EM teve acesso, o casal estava em uma festa de Haloween, quando Diogo "ficou com ciúmes da vítima por ter conversado com um amigo". Ele teria começado "a ofendê-la de piranha e vagabunda". Por causa disso, o casal deixou a festa e foi para o apartamento em que moram.
Ainda segundo o registro policial, as agressões continuaram no apartamento. "Quando a vítima dirigiu-se até o quarto para pegar as roupas para que o autor saísse de casa, o autor desferiu um tapa no rosto da vítima que, ao cair, veio a bater a cabeça em uma mesa de estudos. Em seguida, o autor pisou na cabeça da vítima e a imobilizou", relata o documento.
A vítima conseguiu gritar por socorro, sendo ouvida por vizinhos que foram até imóvel onde ela estava. Ao perceber a aproximação dos vizinhos, Diogo Fernandes fugiu, conforme consta no boletim de ocorrência.
A vítima foi até a Santa Casa de Misericórdia, onde passou por atendimento médico. Na sequência, compareceu à delegacia onde fez o registro do episídio de violência
O outro lado
Em nota, a defesa de Diogo Fernandes informou que "nega a acusação de ter cometido qualquer agressão contra a esposa". Além de dizer que a acusação é falsa, a defesa informa que Diogo "iniciou o tratamento dos ferimentos oriundos das agressões causadas pela vítima na última madrugada, passível de comprovação por meio de documentação emitida pela unidade hospitalar".
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Por fim, a defesa ainda esclarece que, até o momento, o diretor-presidente da JF Prev "não recebeu nenhuma intimação administrativa ou judicial",.