Em 15 de março de 1988, o tradicional ‘templo da música mineira’ foi tombado como patrimônio arquitetônico pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA)
 -  (crédito: Marcos Vieira /EM/DA. Press)

Em 15 de março de 1988, o tradicional ‘templo da música mineira’ foi tombado como patrimônio arquitetônico pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA)

crédito: Marcos Vieira /EM/DA. Press

Abrigado em um tradicional prédio na Avenida Afonso Pena, 1534, no centro de Belo Horizonte, o Conservatório de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é, por vezes, confundido com uma escola de música, antiga atividade do patrimônio. Mas, na verdade, a construção amarela de dois andares se transformou em um centro cultural há mais de 20 anos.

 

Fernando Rocha, Diretor do conservatório da UFMG, contou que o local recebe, em média, 100 apresentações musicais por ano. “Nós estamos sendo muito procurados. As pessoas ainda achavam que o conservatório era uma escola de música. Agora que descobriram que é um espaço aberto para apresentarem seus trabalhos, a procura cresceu muito”, declarou. Segundo ele, o Conservatório tem um público médio de 300 pessoas por dia.

 


História


Nas primeiras décadas de 1900, surgiu em Belo Horizonte a demanda pela criação de um curso de música, fato concretizado pelo governador de Minas Gerais em 27 de setembro de 1920, Artur Bernardes. O Conservatório surgiu para ministrar a instrução musical em todos os seus ramos, formando professores de música, de instrumentos e de canto, compositores e regentes de orquestra.

 

 

Em 29 de abril de 1925, o Conservatório Mineiro de Música foi oficialmente inaugurado no velho casarão do Parque Municipal, mas a repercussão foi tão grande que fez com que o local fosse transferido para outro maior, na Av. João Pinheiro. Lá se vão 99 anos. Porém, o Conservatório ainda ganharia outra casa, no tradicional prédio na Avenida Afonso Pena, aberta em 05 de setembro de 1926.

 

A instituição teve grande influência na vida cultural de Belo Horizonte nas décadas seguintes, projetando alunos e professores como musicistas atuantes na vida artística da capital mineira. Em 04 de dezembro de 1950, o Conservatório foi federalizado, transformando-se em um estabelecimento de ensino superior. À ocasião de 30 de novembro de 1962, por sua vez, foi integrado à Universidade Federal de Minas Gerais, passando a receber o nome de Escola de Música da UFMG.

 

 

Em 15 de março de 1988, o prédio foi tombado como patrimônio arquitetônico pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA). Já no dia 11 de agosto de 2000, o Conservatório UFMG foi inaugurado como um novo complexo cultural de BH. A partir de então, o local desenvolve várias atividades culturais, como série de concertos, cursos, congressos e workshops.


Público e espaço


Segundo o diretor, os frequentadores, atualmente, são bem variados (e mudam de acordo com o período do dia). “Em geral, é um público jovem, um pouco do público infantil também. Mas vem muito do grupo da terceira idade, na hora do almoço. As pessoas vêm pela boa localização e gratuidade dos eventos”, declarou.

 

O espaço fica aberto de segunda a sexta. Nas terças, quartas e quintas o público pode desfrutar de apresentações musicais, todas gratuitas. Também funciona para cursos, ensaios, palestras, exposições, conferências e eventos culturais diversos. Nos sábados e domingos, só abrem quando há algum evento especial programado.

 

O Conservatório dispõe de infraestrutura para a realização de espetáculos musicais, encontros, congressos, seminários, feiras, lançamentos de livros e discos. O local também dispõe de espaço para realização de coquetéis e recepções.

 

 

As salas de concertos são equipadas com tratamento acústico, piano Steinway & Sons e meia cauda, equipamentos de som e iluminação, além de capacidade para 220 lugares. Um miniauditório com 64 lugares, quatro salas de aula, um pátio externo, praça coberta e copa para apoio a eventos também integram o conjunto.

 

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• Para acompanhar a programação do Conservatório de música da UFMG, acesse a página no instagram @conservatorioufmg. 

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Oliveira