Uma dos presos nesta quarta-feira (6/11) durante a Operação Hagnus, trabalho conjunto entre a Polícia Civil, Polícia Federal, Gaeco e Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para combater a violência contra crianças e adolescentes, é um primo de um criminosos famoso.
Trata-se de Trigueiro, de 36 anos, parente de Marcos Trigueiro, que ficou conhecido como o “Maníaco de Contagem”, autor de uma série de estupros em Belo Horizonte e Contagem, entre 17 de abril de 2009 e 26 de fevereiro de 2010.
Segundo Diego Lopes, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, que comandou as investigações, o caso se tornou uma surpresa quando os policiais tomaram conhecimento do nome do homem que tinha um mandado de prisão.
“De cara o sobrenome chamou a nossa atenção pela coincidência. E não é que, ao prendê-lo, as suspeitas sobre o parentesco não se confirmaram?”, diz o delegado Diego.
Trigueiro agrediu a filha, de 16 anos, e o namorado dela, assim como qualquer pessoa que a acompanhasse, segundo o delegado. “Imagine que uma vez, Trigueiro, que é o pai, chegou a jogar o carro contra ela e seu acompanhante”.
Havia, segundo o delegado, uma medida protetiva contra ele, em favor da filha, que mora com a mãe, mas que era, constantemente, descumprida pelo pai.
Ele foi preso na Vila Chaves, no Conjunto Califórnia. Trigueiro é ligado ao tráfico de drogas e tem outras passagens pela polícia. À polícia, ele disse que o que fazia, era para educar a filha.
Maníaco de Contagem
Marcos Trigueiro nasceu em Brasília de Minas, no Norte de Minas, em 29 de maio de 1978. Ele trabalhava como motorista e foi acusado de estuprar e assassinar cinco mulheres entre 17 de abril de 2009 e 26 de fevereiro de 2010, quando foi detido pela Polícia Civil, no Bairro Lindeia, em Contagem.
Os policiais o prenderam depois de rastrear os celulares das vítimas. Ao ser preso, ele assumiu os crimes. Além das mulheres mortas, outras três conseguiram escapar com vida, depois de serem estupradas.
A comprovação dos crimes foi feita após a confirmação do esperma encontrado nas vítimas.
O caso se assemelha ao de outro criminosos, que entre 1999 a 2001, em Belo Horizonte, estuprou e matou 12 mulheres em municípios da Região Metropolitana. O autor, batizado de “Maníaco da UFMG” ou “Maníaco da Pampulha”, nunca foi preso.