Motorista apontada como culpada pelo acidente passou horas em um churrasco -  (crédito: Divulgação / Corpo de Bombeiros)

Motorista apontada como culpada pelo acidente passou horas em um churrasco

crédito: Divulgação / Corpo de Bombeiros

A motorista suspeita de causar o acidente que matou o menino Ângelo Gabriel, de 2 anos, e deixou sua irmã, de 9 anos, em estado gravíssimo, dirigiu de forma imprudente por quase 10 km antes da colisão. A Polícia Militar recebeu, às 21h58 do dia 13 de outubro, uma ligação pelo 190 relatando a condução perigosa do veículo, que culminou no acidente na Rua Paracatu, Serra do Bandeirantes, em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira.

 

Durante uma entrevista coletiva, realizada nessa quinta-feira (7/11), o delegado Rodrigo Rolli informou que a motorista, de 36 anos, havia passado o dia em um churrasco com amigos no Bairro Aeroporto e deixou o local por volta das 22h, após consumir bebida alcoólica. Os policiais também encontraram uma garrafa de cerveja dentro do carro após a batida. Testemunhas confirmaram à polícia que a motorista havia ingerido álcool no evento.

 

 

O acidente ocorreu enquanto a família do menino Ângelo Gabriel, que estava em um carro de aplicativo voltando da igreja, subia a Rua Paracatu. A colisão foi devastadora: Ângelo foi socorrido e ficou internado por três dias, mas não resistiu. A irmã dele permanece em estado grave na Santa Casa, onde esteve em ventilação mecânica por 17 dias.

 

A Polícia Civil, com o apoio de câmeras de segurança ao longo do percurso, busca entender melhor o comportamento da motorista antes do impacto. "As imagens mostram que, ao passar em um quebra-molas, ela estava em alta velocidade, com uma condução não retilínea”, afirmou o delegado Rolli.

 

 

Na manhã desta quinta, a motorista foi intimada a comparecer à delegacia para prestar depoimento, mas preferiu permanecer em silêncio, reservando-se ao direito de falar apenas em juízo. "Ela mostrou-se visivelmente abalada e chorosa, especialmente pelo fato de ser mãe", acrescentou o delegado.

 

Segundo a motorista, que estava sozinha no veículo no momento do acidente, ela não viu o outro carro, apenas o airbag sendo acionado. O carro de aplicativo transportava o motorista, de 36 anos, um casal e três crianças.

 

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Apesar da fala do delegado, a motorista ainda não foi indiciada. Segundo Rolli, a previsão é que o inquérito seja concluído na próxima semana. Ainda faltam alguns laudos da perícia para atestar a condução inapropriada da suspeita.

 

A defesa da motorista preferiu não se pronunciar.