A Polícia Civil prendeu o homem após denúncia feita por familiares -  (crédito: Divulgação/PCMG)

Caso de golpe envolvendo falso diagnóstico de câncer foi investigado pela Polícia Civil em Cordisburgo, na Região Central de Minas

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Uma mulher de 36 anos foi indiciada em Cordisburgo, na Região Central de Minas Gerais, suspeita de ter fingido um diagnóstico de câncer para arrecadar dinheiro por meio de uma vaquinha virtual. Suspeita de ser cúmplice no esquema, uma técnica de enfermagem, de 40 anos, acusada de ter forjado laudos médicos, também foi indiciada. Juntas, elas teriam obtido cerca de R$ 60 mil com a fraude.

 

 

A investigação começou no mês passado, quando um casal procurou a Polícia Civil para denunciar o golpe. A suspeita, ex-cunhada de uma das vítimas, entrou em contato com eles alegando que estava com câncer no pâncreas e precisava de ajuda financeira para o tratamento. O casal contribuiu inicialmente com R$ 2 mil e fez outras doações ao longo do tempo, respondendo a novas solicitações da investigada.


Para convencer as vítimas, a suspeita mantinha contato frequente, relatando seu suposto estado de saúde e apresentando laudos médicos para reforçar a mentira. Além disso, criou uma campanha de arrecadação on-line para obter mais contribuições.

 


A desconfiança do casal surgiu quando, ao examinar os documentos, perceberam que um dos laudos estava assinado por um médico especializado em otorrinolaringologia, área sem ligação com o tratamento de câncer de pâncreas. 


A polícia identificou outras vítimas e descobriu a participação da técnica de enfermagem no golpe. Essa segunda suspeita, de acordo com as investigações, teria visitado frequentemente a casa da família da principal acusada, onde afirmava administrar medicamentos e chegou a informar aos pais da suspeita que um tumor de 30 centímetros fora removido em uma cirurgia inexistente.

 

 

Em depoimento, a mulher de 36 anos alegou acreditar ter uma "doença espiritual", sem diagnóstico médico, e afirmou ter compartilhado essa suspeita com a colega de profissão, que então teria falsificado laudos médicos usando modelos da internet. A investigada também declarou que a técnica de enfermagem aplicava nela medicamentos controlados sem receita e que ambas dividiam o dinheiro arrecadado pela campanha virtual.