O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal porta de entrada para o Ensino Superior no Brasil, teve sua edição encerrada no domingo (10). Com 90 questões, sendo 45 de matemática e 45 de ciências humanas, o segundo dia de exame teve início às 13h30 (horário de Brasília).
Antes da abertura dos portões, às 12h, a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), no Bairro Coração Eucarístico, na Região Noroeste de BH, já se encontrava tomada por inscritos. Uma delas, Alice Xavier, de 15 anos, esperava debaixo de sol. Ainda no 1º ano do Ensino Médio, a jovem já está treinando para quando for realizar o exame para cursar Medicina. “Quero aprender a administrar o tempo da prova”, contou. Com Alice, estava Miguel Inácio, de 16 anos, também treineiro. “Achei o primeiro dia fácil, e a redação também. Mas estou mais confiante para hoje dia de exatas”. O jovem também quer estudar Medicina.
Para muitos inscritos, a prova de exatas chega a ser motivo de nervosismo. Yasmin Gonçalves, de 18 anos, indicou mais um fator para a tensão: a jovem quebrou o pé no primeiro dia de prova. De cadeira de rodas e pé engessado, a inscrita disse que esse ano está fazendo a prova para valer. “Em 2023 foi para teste. Agora, estou fazendo porque quero cursar Direito”.
Segundo o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta edição foram mais de cinco milhões de inscrições - superando as últimas. De acordo com a pasta, o primeiro dia do exame, marcado por 90 questões, sendo 45 de linguagens, 45 de ciências humanas, além de uma redação dissertativa-argumentativo, teve uma abstenção de 26,6%, o equivalente a um em cada quatro estudantes.
Para Clara Neto, 17 anos, uma das primeiras a sair da prova, às 15h30, o primeiro dia de prova foi cansativo, mais voltado para a interpretação de texto, sendo que a redação estava muito fácil. Já sobre a exatas, ela disse que as questões de matemática eram difíceis e a de ciência da natureza estava “mais tranquila”.
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Jacqueline de Queiroz, que aguardava o filho Murilo Queiroz, de 17 anos, também comentou sobre a redação, apontando que, ainda que ela é o filho sejam negros, o tema foi uma surpresa. “A gente vive a realidade do tema, mas ainda sim é difícil passar para o papel. Mas confio que ele foi bem”.
Imprevistos
No entanto, o último dia de prova não foi marcado apenas por boas expectativas. Segundo os regulamentos do exame, os portões são fechados às 13h, e a rigidez é indispensável. A inscrita Ana de Nalva dos Santos, de 50 anos, que chegou no local às 13h02, por exemplo, foi uma das que não conseguiram entrar. A podóloga diz que tentou pedir viagens por aplicativo ao menos cinco vezes, mas não conseguiu. Moradora do Bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, ela desabafou: “Estou arrasada. Eu fui bem no primeiro dia de prova, estava fácil”, disse.
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Outro caso de infelicidade foi com um jovem, de 19 anos, que não quis se identificar. Ele foi eliminado quando estava na metade da prova. “Eu fui ao banheiro e esqueci que estava com o fone de ouvido no bolso. Quando a fiscal foi me examinar, informou que eu estava desclassificado”, contou.
A partir das 18h, meia hora antes do final da prova, os candidatos puderam deixar o local de provas com o caderno de questões. Conforme definido pelo Inep, a divulgação do gabarito das provas do Enem ocorrerá em 20 de novembro e o resultado individual será conhecido em 13 de janeiro de 2025.
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Faculdade Milton Campos
celebra jubileu de prata
A Faculdade de Direito Milton Campos (FDMC), uma das mais tradicionais do estado, celebrou nesse último sábado (9/11) o jubileu de prata da turma de 1999. A cerimônia foi presidida pelo reitor e presidente da Milton Campos, João Batista Pacheco Antunes de Carvalho, que dividiu a mesa com a sócia fundadora e ex-diretora da instituição, a professora Lucia Massara. O auditório da faculdade recebeu, além dos egressos da instituição, ex-professores que faziam parte do corpo docente na época das turmas. “Foi uma cerimônia linda, repleta de emoção, alegria e orgulho dos egressos de serem eternamente Milton Campos”, disse o reitor. Entre os homenageados estava o professor Jesus, com mais de 90 anos 'de casa', e que foi escolhido para ser patrono da turma. Da direção atual, também se encontravam o diretor Paulo Tadeu Righetti e a coordenadora-geral Ana Perim, na solenidade. Parte do grupo Ânima Educação desde 2021, a Milton Campos foi fundada em 1975, realizando o primeiro processo seletivo em 1976. Pelos corredores da faculdade já passaram desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), procuradores do Ministério Público do estado (MPMG), além de ex-deputados e ex-governadores. A instituição ainda é líder em aprovações da seccional da OAB em Minas Gerais (entre as instituições privadas e com mais de 100 alunos), e possui o selo “OAB Recomenda” desde 2001.