Motorista foi indiciada pelo acidente que matou uma criança de 2 anos em Juiz de Fora -  (crédito: Divulgação / Corpo de Bombeiros)

Motorista foi indiciada pelo acidente que matou uma criança de 2 anos em Juiz de Fora

crédito: Divulgação / Corpo de Bombeiros

A Polícia Civil de Juiz de Fora concluiu, nesta quarta-feira (13/11), o inquérito sobre o acidente ocorrido no dia 13 de outubro, que resultou na morte de Ângelo Gabriel, de 2 anos, e deixou sua irmã, de 9 anos, em estado grave. A motorista envolvida, uma mulher de 36 anos, foi indiciada por três crimes: homicídio qualificado por dolo eventual, lesão corporal grave e lesão corporal. A acusação de dolo eventual reflete a avaliação de que a motorista assumiu o risco de matar ao dirigir após consumir bebida alcoólica.

 

 

De acordo com o delegado Rodrigo Rolli, responsável pela investigação, a motorista esteve em um churrasco por cerca de nove horas, onde consumiu álcool, como comprovado por testemunhas. "Ela ficou no evento, que era regado a cerveja", relatou Rolli. Além disso, imagens de câmeras de monitoramento revelam que, após sair do evento, ela dirigiu de forma imprudente, em alta velocidade e com manobras perigosas.

 

 

 

Um dos trechos analisados pela investigação foi a condução da motorista no anel viário da Universidade Federal de Juiz de Fora. No local, segundo a perícia, ela chegou a transitar a 78 km/h, quase o dobro do permitido na via, que é 40 km/h. "Imagens da UFJF mostram que ela passou em um quebra-molas de forma muito avassaladora, além de ter uma condução não retilínea", disse o delegado.

 

 

Apesar do indiciamento, a motorista responderá ao crime em liberdade. O delegado alegou que ela é responsável financeiramente pela família e que, desde o início da investigação, ajudou a Polícia Civil.

 

A defesa da condutora informou que não vai se manifestar.

 

 

Relembre o acidente

 

O acidente aconteceu na noite de 13 de outubro, na Rua Paracatu, na Serra do Bairro Bandeirantes. Segundo a motorista indiciada, ela subia a via e afirmou que não viu o outro veículo antes da colisão, percebendo o impacto apenas com a abertura do airbag. Ela estava sozinha no carro.

 

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No outro veículo, estavam um motorista de aplicativo de 36 anos, um casal de 27 e 28 anos e três crianças, de 2, 6 e 9 anos. A família, que retornava da igreja, foi gravemente afetada pela colisão. Ângelo Gabriel, de 2 anos, chegou a ser internado na UTI infantil da Santa Casa, mas não resistiu. Sua irmã, de 9 anos, também permanece hospitalizada em estado grave devido aos ferimentos.