Governador Romeu Zema e secretários na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29) -  (crédito: Aluísio Eduardo / Digital MG)

Governador Romeu Zema e secretários na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29)

crédito: Aluísio Eduardo / Digital MG

O governo de Minas anunciou, durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), a implementação de uma meta de 30% de redução de emissão de gases do efeito estufa até 2030. Esta é uma meta intermediária já que o estado se comprometeu com a campanha global Race to Zero, que propõe a neutralidade da emissão de CO2 até 2050. 

 

 


Em Baku, no Azerbaijão, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou o novo compromisso para a política de neutralização. 

 

"Minas Gerais tem mostrado para o mundo que é possível crescer economicamente com sustentabilidade. Nós fomos o primeiro estado da América Latina a assinar o compromisso global Race to Zero, de neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050, e vamos chegar à meta intermediária de 30% até 2030 porque temos o governo e o setor produtivo trabalhando em conjunto", afirmou.


Promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a COP é o maior fórum mundial de debates sobre mudanças climáticas, contando com representantes de mais de 190 países. Em 2024, o tema do encontro é ‘Em solidariedade por um mundo verde’.

 


A comitiva mineira presente ao encontro conta ainda com a presença da secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Marília Melo, do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, entre outras autoridades e parceiros.

 


Parceria 


O governo informou ainda que, nesta quarta-feira (13/11), formalizou a adesão à Coalizão Subnacional para a Ação Contra O Metano (Smac), uma iniciativa do estado norte-americano da Califórnia que já tem adesão de mais de 150 países. O objetivo é reduzir as emissões de metano. A expectativa do Executivo estadual é de que a parceria se torne um catalisador para atração de investimentos, visando a descarbonização da economia em Minas Gerais.

 


Embora o governo de Minas já tenha desenvolvido o Plano Estadual de Ação Climática (PLAC-MG), com metas específicas para reduzir emissões de gases que provocam efeito estufa, inclusive o metano, acredita que a parceria com a Califórnia pode viabilizar a potencialização da implementação do PLAC. 


Isso se daria, segundo o governo, por meio da troca de experiências técnicas bem-sucedidas na região, além do compartilhamento de tecnologias inovadoras para o aprimoramento dos processos produtivos nos setores que geram emissões de metano, como agropecuária e resíduos.


O Estado de Minas entrou em contato com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) para saber como se dará essa redução de 30%, em quais setores, que medidas devem ser adotadas e quando começam a ser implantadas. A pasta foi questionada ainda sobre em que consiste a parceria com o estado norte-americano da Califórnia, mas até o momento não recebeu retorno.  

 

A geógrafa Letícia Oliveira Freitas diz que assumir compromissos em prol do clima é desafiador e urgente, visto que já vivenciamos os efeitos drásticos das mudanças climáticas.


“É preciso entender com clareza quais as ações pretendidas pelo governo de Minas para reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa até 2030. Para o cumprimento dessa meta é preciso criar políticas públicas com medidas efetivas de combate aos incêndios florestais e desmatamento, de redução das emissões poluidoras provenientes da agropecuária, indústria e setor de transporte, dentre outras”, afirma a mestre em Geografia e Tratamento da Informação Espacial PUC Minas. 


Para tanto, segundo ela, é fundamental estabelecer uma comissão formada por diferentes setores da sociedade, incluindo a comunidade científica, para serem propostas ações eficientes e factíveis.

 


Plano de Ação Climática

 

O Plano Estadual de Ação Climática (PLAC), apresentado em dezembro de 2022, estabelece 199 metas para redução de emissão de gases de efeito estufa e captura de carbono, para mitigação e adaptação aos efeitos adversos do clima para o estado. No plano foram estabelecidas ainda metas intermediárias a cada cinco anos.

 

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O PLAC foi desenvolvido com apoio internacional e participação efetiva da sociedade civil, setor produtivo e universidades. Seu objetivo principal é orientar o estado em direção a uma economia verde de baixo carbono, proporcionando resiliência diante das mudanças climáticas e promovendo uma sociedade mais inclusiva e sustentável do ponto de vista socioambiental, segundo a Semad.