Papelotes de cocaína com as iniciais CV do Comando Vermelho mostram penetração de facção do crime do Rio de Janeiro -  (crédito: PMMG)

Papelotes de cocaína com as iniciais CV do Comando Vermelho mostram penetração de facção do crime do Rio de Janeiro

crédito: PMMG

A presença das facções do crime organizado do Rio de Janeiro e de São Paulo está cada vez mais evidente em Belo Horizonte. Na noite dessa quinta-feira (14/11), grande quantidade de droga com o timbre de uma das facções foi apreendida pela Polícia Militar (PMMG) em uma favela da Região Centro-Sul. 

 

A cocaína estava dosada em papelotes já com preço de R$ 10 e de R$ 20. Nos dois, a descrição era de "pó" - gíria para essa droga - e também a distinção da organização criminosa CV, que é a abreviatura de Comando Vermelho, facção originária dos morros do Rio de Janeiro.


 

Desenhos também diferenciam os entorpecentes. Os papelotes mais baratos têm a imagem do chefão do Cartel de Medellín, na Colômbia, Pablo Escobar (1949-1993). O líder do cartel aparece entre maços de dólares apontando duas pistolas. 

 

O papelote de maior valor tem uma representação do herói de quadrinhos The Flash e o seu símbolo de "raio", que também no mundo do crime é um dos nomes para a cocaína.


 

As drogas foram apreendidas em uma conhecida e movimentada boca de fumo em uma rua estreita, sem saída, da favela Vila Bandeirantes, de fácil acesso à Avenida Raja Gabáglia.


Local se tratava de movimentada boca de fumo para fracionamento e distribuição de drogas na região

Local se tratava de movimentada boca de fumo para fracionamento e distribuição de drogas na região

PMMG
 

 

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Segundo a PMMG, depois de denúncia anônima, os militares do 22º Batalhão (BPM) iniciaram uma operação no Bairro Santa Maria e na Vila Bandeirantes e chegaram até uma casa, que vinha sendo usada para o refino e comércio de drogas.

 

"Foram apreendidos crack e maconha em grande quantidade. Os tóxicos estavam em diversos formatos, como em pó, pedras, buchas e barras", informa a PMMG - indicativos de que no local se fazia o fracionamento dos entorpecentes.

 

Ao todo foram 600 papelotes e pinos de cocaína, 34 pedras de crack, dois tabletes e meia barra de maconha e 17 porções de maconha, sendo cinco delas da chamada "Dry sift" ou "kief", um pó feito do processamento da flor da cannabis (planta da maconha) que é mais potente, duradouro, caro e nocivo.

 

Muito material para processar e embalar as drogas também foi apreendido e uma pessoa, presa.