O dia seguinte ao incêndio no shopping Diamond Mall, foi tranquilo, ao contrário da noite dessa quarta-feira (20/11), quando o fogo atingiu um depósito improvisado de material do centro comercial no Bairro de Lourdes, zona sul de Belo Horizonte.
Houve pânico entre os frequentadores do shopping por causa da fumaça que vinha do quarto andar e começou a tomar conta do interior do estabelecimento. Pouco depois, houve a ordem para evacuação do shopping, cumprida pelos seguranças. O local foi interditado.
Na manhã desta quinta (21/11), antes da abertura do centro comercial para clientes, os funcionários das lojas entraram tranquilamente por duas portas abertas. Em outra porta, havia um acúmulo de pessoas esperando o horário de abertura.
Eduardo T, que trabalha numa das lojas, contou que normalmente trabalha à tarde mas, por causa do incêndio, teve de ir pela manhã. “Eu estava aqui na hora do incêndio, uma fumaça que começou, aos poucos, a tomar conta dos corredores do shopping. Tivemos de fechar às presas, por isso tive de vir hoje pela manhã”. Ele contou, também, que por recomendação do patrão, não poderia se identificar, por isso, não deu o nome completo.
O silêncio foi, também, a recomendação feita pelo shopping aos seguranças. Aliás, desde que o fogo começou, eles foram proibidos de falar. Somente contavam o que tinha acontecido a funcionários de lojas e de bancas.
Entre os fregueses, muitos não sabiam o que aconteceu. “Eu estou surpresa. Nem sabia que tinha tido um incêndio ontem à noite. Mas se vão reabrir hoje é porque não há perigo”, disse Maria Rita Carvalhaes, de 46 anos, que foi ao Diamond comprar roupas para uma festa.
Limpeza
Os funcionários de limpeza do shopping também chegaram cedo, antes da abertura para as compras.
E um grupo de homens foi encarregado da limpeza do local do incêndio, um depósito de material que fica atrás de um restaurante japonês, onde se supunha ser o foco do incêndio.
Eles estavam proibidos de falar, mas dava pra ver a dificuldade em trabalhar, pois a área do incêndio é fechada e não tem iluminação. A suspeita é que o fogo tenha acontecido em função de um curto-circuito.
Dessa maneira, eles entravam no local, apanhavam o material, pedaços de ferro, fios e algumas caixas, provavelmente com material de construção, e saíam, tomando o rumo da escada de incêndio. O material era levado para o estacionamento logo acima do quarto andar, o G3, e colocado na caçamba de um caminhão.
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A previsão era de que o trabalho de limpeza durasse toda a quinta-feira.
Não houve prejuízo para as poucas lojas do quarto andar. A maioria dos espaços, no andar recém-inaugurado, ainda está desocupado. Alguns deles, já têm as estampas de que lojas funcionaram lá, mas ainda estão em fae de montagem.