Operação Caça-Fantasmas teve Unaí como alvo principal -  (crédito: Divulgação / Prefeitura de Unaí)

Operação Caça-Fantasmas teve Unaí como alvo principal

crédito: Divulgação / Prefeitura de Unaí

Uma operação conjunta entre o Ministério Público, a Polícia Civil e a Receita Estadual desarticulou, nesta terça-feira (26/11), uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 5 bilhões e causou um prejuízo de cerca de R$ 600 milhões em sonegação fiscal no Noroeste de Minas, principalmente na cidade de Unaí.

 

 

Denominada Caça-Fantasmas, a ação resultou no cumprimento de 88 mandados de suspensão de atividades econômicas, bloqueio de contas bancárias e 117 ordens de sequestro de veículos. Além disso, 45 imóveis ligados ao grupo foram bloqueados, e dezenas de contas bancárias em nome de terceiros tiveram as movimentações suspensas.

 

 

Esquema de empresas fantasmas

De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha utilizava empresas fantasmas para realizar negociações e sonegar impostos. "Eles abriam uma empresa intermediária entre quem vendia e quem comprava, assumindo a responsabilidade pelo pagamento de tributos, que nunca eram quitados. Estimamos que mais de R$ 1 bilhão em notas fiscais falsas foram emitidas", explicou Flávio Andrada, coordenador da Receita Estadual.

 

 

Os maiores alvos dos criminosos eram os produtores rurais. A investigação revelou que o grupo captava pessoas de baixa renda e escolaridade para registrá-las como proprietárias de empresas inexistentes, que eram usadas para a comercialização de grãos e outros bens. "Já identificamos 268 empresas em nome de laranjas, abertas em mutirões organizados pela quadrilha", afirmou Douglas Antônio Ramos Magela, chefe do departamento da Polícia Civil.

 

Além da sonegação fiscal, os investigados são acusados de crimes como estelionato contra produtores rurais, falsidade ideológica, uso de documentos falsos e inserção de dados fraudulentos em sistemas públicos.

 

 

"Esse dinheiro sonegado poderia ser revertido para áreas essenciais, como saúde, segurança pública e infraestrutura. Quem perde é a sociedade", destacou Flávio Andrada.

 

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As investigações continuam, e a expectativa é de que mais envolvidos sejam identificados.