Sophia Guerra, de 15 anos, foi encontrada morta no último domingo (24/11) depois de sair de uma festa em Sete Lagoas -  (crédito: Arquivo Pessoal  )

Sophia Guerra, de 15 anos, foi encontrada morta no último domingo (24/11) depois de sair de uma festa em Sete Lagoas

crédito: Arquivo Pessoal

Familiares e amigos de Sophia Louise Gonçalves Rodrigues Guerra, de 15 anos, encontrada morta no último domingo (24/11), marcaram uma manifestação para pedir justiça pela jovem. O encontro deverá acontecer nesta quinta-feira (28/11), na Rua Joaquim Vicente Ferreira, na altura do número 527, no Bairro Indústrias, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, a partir das 18h30. O corpo da adolescente foi encontrado em um loteamento isolado na Avenida Prefeito Alberto Moura. Dois homens, de 21 e 24 anos, suspeitos de envolvimento no crime estão detidos. 


 

Sophia foi encontrada depois que sua mãe procurou a Polícia Militar (PMMG) informando seu desaparecimento. Ela teria saído de casa, no sábado (23/11), sem sua autorização, para ir a uma festa no Bairro Esperança. Na ocasião, ela estava acompanhada de quatro homens. 


 

A suspeita é que a de que a jovem tenha sido assassinada depois de deixar o evento. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), ela teria sido dopada com “boa noite Cinderela". Sophia foi encontrada de bruços e seminua. Ela tinha um corte profundo na região do pescoço e marcas de pneus sobre o corpo. Ao seu lado, no chão, havia escrito a sigla CBC, “Comando do Bairro do Carmo”, que pertence a uma facção da região. 


 

Márcia Máximo, delegada da Polícia Civil, informou que as investigações apontam que a menor foi dopada por seus acompanhantes. Ao fim do encontro, Sophia foi vista saindo do local com dois homens, de 24 e 21 anos, em um Honda Civic prata. 

 

Nessa segunda-feira (25/11), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu pela manutenção das detenções do suspeito, passando o flagrante para preventiva. Por meio de nota, o advogado do homem de 21 anos afirmou que a prisão do seu cliente foi convertida mesmo sem a Justiça ter posse de vídeos e áudios com elementos que corroboram com sua versão de que não teria participado do crime. Os materiais, no entanto, segundo o advogado, foram solicitados pelo tribunal à polícia para que sejam analisados. 


“A defesa aguarda com serenidade o restante das apurações da Polícia Civil e vai demonstrar a inocência do autuado ao longo das investigações”, concluiu o defensor. 


 

O Estado de Minas procurou a defesa do segundo suspeito, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. 


Prisões


Os acompanhantes da adolescente foram detidos no mesmo dia. O mais velho foi encontrado em sua residência. Quando os militares chegaram ao local, avistaram um carro da cor e modelo na garagem do homem, com o para-choque danificado. Questionado, ele disse que havia batido o carro durante a noite, porém não informou detalhes.


Na sequência, questionado sobre a adolescente, o homem ficou nervoso e contou que ele, o outro suspeito e a adolescente foram a um bar depois da festa. Depois, ele afirmou que deixou o amigo em casa e Sophia em uma praça.


 

Ainda durante este primeiro contato com o suspeito, os militares observaram marcas de sangue na lataria dianteira e em um dos pneus. Indagado, o suspeito apresentou uma segunda versão dos fatos.

 

Segundo ele, ambos os homens se deslocaram com a adolescente ao loteamento. Na sequência, o mais jovem teria saído do veículo com a garota e a estuprado, enquanto ele teria ficado no carro mexendo no celular. O amigo então teria entrado no veículo, afirmando que “fez merda”, e os dois teriam saído do local.

 

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Questionado, o homem de 21 anos afirmou que, após saírem da festa, o de 24 o deixou em casa e ficou no carro com a adolescente.