O bloco de rua mais baiano da capital mineira, as Baianas Ozadas, participará da 7ª edição da Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas neste domingo (1/12) -  (crédito: JP Sofranz/Divulgação)

O bloco de rua mais baiano da capital mineira, as Baianas Ozadas, participará da 7ª edição da Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas neste domingo (1/12)

crédito: JP Sofranz/Divulgação

O bloco de rua mais baiano de Belo Horizonte, Baianas Ozadas, se une ao Grupo de Mulheres do Brasil em uma causa que vai além do carnaval, apesar do clima de folia já presente na capital mineira. Neste domingo (1/12), será realizada a 7ª edição da Caminhada pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, às 9h.

 

A concentração será na Praça da Bandeira, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, entre as avenidas Afonso Pena e Bandeirantes, com o percurso seguindo até a Praça Tiradentes. A caminhada, que defende os direitos das mulheres, ocorrerá simultaneamente no exterior e em mais 115 cidades brasileiras.

 

 

 

O assunto, inclusive, toma mais espaço no bloco por ser seu tema central do próximo Carnaval de Belo Horizonte. “O convite do grupo foi uma coincidência muito boa e muito importante para toda a frente de mulheres que representam as Baianas Ozadas”, celebra Polly Paixão, presidente da liga Belorizontina de Blocos de BH e produtora do bloco que integra a caminhada de domingo.

 

Ela arremata que todo palco e mídia espontânea que as Baianas recebem no período devem extrapolar para além dos quatro dias de festa. “É para chamar atenção da população para essa realidade”, diz.

 

De acordo com dados do Levantamento sobre Feminicídios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em 2023, Minas Gerais ficou na segunda posição no ranking de mortes de mulheres, com 183 ocorrências, ficando atrás apenas de São Paulo.

 

 

Neste ano, o estado registrou uma queda de quase 24% nos nove primeiros meses, mas as tentativas de feminicídio aumentaram expressivamente, com um crescimento de 62,18% no mesmo período.

 

 

Idealizador e vocalista do bloco, Geo Ozado, comenta que a intenção é usar o carnaval como uma vitrine para que esse cenário crítico de violência contra as mulheres seja visível e debatido repetidamente.

 

 

“Convidamos todos a vestir laranja, cor escolhida pela ONU para simbolizar a luta contra o feminicídio, ou o branco, que é a nossa cor natural em um pedido de paz. Também chamamos os homens para se engajar nesta causa”, destacou.

 

Serviço:

 

7ª Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas

Data: 1º de dezembro, domingo

Horário: Concentração às 9h

Local: Partida da Praça da Bandeira, Belo Horizonte, em direção à Praça Tiradentes