Os pais de Anna Alice Valentina Guimarães, de um ano, que morreu após dar entrada em um hospital de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foram presos novamente nesta terça-feira (5/11) pela Polícia Civil. A equipe policial apurou que a vítima havia sido deixada pelos pais por cerca de dois meses na casa da babá, uma adolescente de 17 anos que a agrediu. Os pais tinham conhecimento das agressões sofridas pela filha e não tomaram nenhuma medida, aponta a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

 

Foi constatado que a babá agredia a criança e, um dia antes do homicídio, teria informado ao casal que a menina estava com um ferimento na cabeça. Mesmo assim, os pais, de 26 e 22 anos, optaram por não levá-la ao médico, embora uma consulta estivesse marcada para o dia do falecimento. Eles foram levados ao sistema prisional.

 



 

"Houve receio de que o profissional que a atendesse desconfiasse de algo e pudesse acionar a polícia. Foram obtidas provas de que os pais tinham conhecimento das lesões sofridas anteriormente pela criança e não tomaram as providências necessárias para protegê-la, assumindo o risco de que essa omissão pudesse ocasionar a morte, o que acabou acontecendo", explicou o delegado Eduardo Fernandes Pérez Leal.

 

 


Em 28 de agosto, segundo o delegado Marcos Tadeu de Brito, a criança foi levada pelo pai e pela adolescente à Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Planalto, onde deu entrada com traumatismo crânioencefálico. No dia seguinte, o casal foi preso. Em 2 de setembro, a Justiça converteu as prisões em flagrante em preventivas. Porém, dois dias depois, o pai e a mãe foram soltos.

 

A primeira informação indicava que a bebê tinha caído e batido a cabeça duas vezes. O pai afirmou que a criança passou mal e, ao chegar em casa, a adolescente relatou que a filha estava desacordada havia cerca de 15 minutos.

 

O exame de autópsia do IML indicou que as lesões que causaram a morte da bebê foram resultado de maus-tratos. Nesse sentido, o corpo apresentava vários hematomas.

 

Os pais respondem por homicídio qualificado por omissão e maus-tratos, enquanto a adolescente responde por ato infracional análogo ao mesmo crime.

 

 

 

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