O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) retoma, nesta quarta-feira, a operação Fiscalização Ordenada de Saúde 2024, que analisa a qualidade dos serviços prestados nos centros de saúde, levando em consideração os equipamentos, medicamentos e acessibilidade.

 

 

Nessa terça-feira (5), os analistas do órgão encontraram remédios vencidos, pacientes aguardando atendimento em corredores e escalas de plantão de médicos desatualizadas em 25 das 27 unidades de saúde fiscalizadas em 25 municípios mineiros, incluindo Belo Horizonte e Contagem.

 



 

Segundo o TCE, nesta quarta-feira estão sendo fiscalizados dois hospitais em Belo Horizonte, além de centros de saúde e hospitais de outras 11 cidades mineiras, localizadas no Alto São Francisco, Vale do Jequitinhonha, Nordeste, Noroeste, Centro-Oeste, Triângulo Mineiro, Vale do Mucuri e Rio Doce, Zona da Mata, além da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

 

Confira os municípios e as unidades de saúde  fiscalizados hoje:

 

  • Corinto - Pronto Atendimento Deusdeth Ferreira
  • Araçuaí - Hospital São Vicente de Paulo
  • Pedra Azul - Hospital Ester Faria de Almeida
  • Belo Horizonte - Hospital Júlia Kubitchek
  • Belo Horizonte - Hospital Risoleta Toletino Neves
  • Pedro Leopoldo - Hospital Municipal Francisco Gonçalves
  • Paracatu – Hospital Municipal de Paracatu
  • Pirapora – Hospital Dr. Moisés Magalhães Freire
  • Divinópolis – UPA 24 horas Padre Roberto Cordeiro Martins
  • Uberaba – UPA São Benedito
  • Nanuque – Hospital e Pronto Socorro Municipal Renato Azeredo
  • Peçanha – Hospital Santo Antônio de Peçanha
  • Cataguases – Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Cataguases

 

Fiscalização já encontrou irregularidades

 

Segundo o TCE, foram encontradas medicações vencidas em mais de 50% de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de 25 cidades mineiras, vistoriados no primeiro dia da operação. Além desta irregularidade, também foram encontrados banheiros sem condições de uso, limpeza de caixa d’água com prazo vencido, equipamentos obsoletos, dentre outros.

 

Na averiguação, foram visitados dois estabelecimentos de Belo Horizonte, dois em Sete Lagoas, além de hospitais de Almenara, Diamantina, Conceição do Mato Dentro, Contagem, Unaí, Bocaiúva, Grão Mongol, Frutal, Mantena, Santa Maria do Suaçuí, Muriaé, Itabira, Januária, Formiga, Itajubá, São Lourenço, São Sebastião do Paraíso, Varginha, Ituiutaba, Aimorés, Ipatinga, Juiz de Fora e Manhumirim.

 

De acordo com o órgão, as unidades de saúde fiscalizadas na capital mineira apresentaram uma série de irregularidades. Nas UPAS Centro-Sul e Leste, foram encontrados extintores de incêndio vencidos, banheiros em situação de descaso e paciente aguardando atendimento no corredor.

 

 

Outro exemplo de estabelecimento com irregularidades é o Hospital São Vicente de Paulo, no centro da cidade de Mantena, região do Vale do Rio Doce, que foi um dos locais que mantinham o armazenamento de medicamentos com data de validade expirada. No local, foram encontrados banheiro sem acessibilidade, ausência de corrimão na rampa de acesso à maternidade e apartamentos de internação, além de falta de controle de ponto e frequência do grupo médico.

 

Ainda foi verificado que metade dos médicos escalados para o plantão só vão à unidade de saúde quando são demandados. Outro fato que chamou a atenção dos analistas foi a utilização de cabos condutores elétricos usados para transferir carga de uma bateria automotiva, a “chupeta”, para o funcionamento do gerador do hospital.

 

 

Já no Hospital Deraldo Guimarães, da cidade de Almenara, localizada no Vale do Jequitinhonha, foram encontrados pacientes recebendo atendimento nos corredores, cadeiras da recepção quebradas e escala desatualizada de médicos.

 

Os analistas também encontraram no local caixas de remédio armazenadas de forma incorreta, com contato direto com a parede.

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

compartilhe