Ao longo desta semana, 15 crianças realizarão procedimentos para o tratamento de cardiopatias congênitas na Santa Casa BH, a partir do projeto “Little Heroes”. Esther Emanuely Dias, de 7 anos, é uma delas. A menina – que entrou em cirurgia ontem (5/11) – teve diagnosticada ainda no primeiro mês de vida a Comunicação Interventricular (CIV) e, desde então, faz acompanhamento e controle com um cardiologista.

 


Por meio de uma parceria com a Abbott, empresa de cuidados para a saúde, foram adquiridos 15 dispositivos pediátricos, entre cateteres e próteses, para a correção de malformações cardíacas das crianças. O evento de abertura começou ontem, às 7h, no Centro de Diagnóstico e Tratamento (CDT) da Santa Casa BH, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

 




“Minha filha não sentia nada, mas nos preocupava. Há pouco tempo descobrimos a Persistência de Canal Arterial (PCA) e fomos agraciadas com a prótese. Por isso o precedimento de hoje”, conta Barbara Christine Dias, mãe de Esther. Ela comenta que a filha, no geral, estava tranquila e que, mesmo que um pouco nervosa com a cirurgia, está muito feliz pela oportunidade.


Só no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com cardiopatias congênitas por ano. Hemodinamicista pediátrico, Roberto Max diz que a cardiopatia é categorizada como congênita porque os bebês já nascem com ela, “seja por fatores genéticos ou ambientais”. 

 


Roberto explica que é muito comum e frequente entre os bebês. “A cada 100 grávidas, um bebê nasce com o diagnóstico, que são cerca de 200 tipos diferentes, do mais simples ao mais complexo”. A maioria das crianças estão sendo tratadas por cateterismo, ou seja, com a condução de um tubo flexível até o coração. De acordo com o especialista em doenças cardíacas, é um método menos invasivo e sem cortes.


No caso de Esther, “havia uma artéria que não deveria existir”, esclarece o médico. Isso porque essa artéria deve estar presente somente na vida fetal, devendo fechar-se quando a criança nasce. Caso permaneça, como no caso da menina de 7 anos, pode levar a sobrecarga do coração. Com o procedimento, o canal arterial será obstruído. 


 

“Resumidamente, é como se fosse uma rolha introduzida a fim de fechar esse vaso e impedir que o fluxo passe por ele”.


Parceria

O projeto “Little Heroes” permite acesso a produtos e dispositivos da Abbott usados para tratar bebês e crianças. São equipamentos pediátricos para corrigir os problemas cardíacos e capazes de salvar a vida dos pequenos pacientes.

 

“Por meio do Little Heroes, a Abbott vem transformando a vida de jovens com problemas cardíacos em diversos países ao redor do mundo e que, dificilmente, teriam acesso a estas tecnologias inovadoras. Somente no Brasil, quase 100 crianças já tiveram suas vidas impactadas por nossas soluções e hoje podem viver de maneira mais saudável e plena”, afirma Andreia Vilar, gerente nacional de Doenças Estruturais do Coração da Abbott no Brasil.

 

 

O diretor de Assistência à Saúde da Santa Casa BH, Cláudio Dornas, reforça a importância da ação para levar assistência de qualidade àqueles que mais precisam.

 

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“Essa parceria é um exemplo claro do nosso compromisso em promover saúde de ponta para todos, especialmente para as crianças que enfrentam desafios tão significativos. Ao unir esforços com a Abbott, estamos não apenas oferecendo tratamento a 15 crianças com cardiopatias congênitas, mas também reafirmando nossa missão de salvar vidas e proporcionar um futuro melhor para elas. Cada procedimento realizado é um passo em direção a um mundo onde cada criança tenha a chance de crescer saudável e plena”, diz.

  

*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Oliveira

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