Empreendedores sociais da Grande BH e Região Central de Minas Gerais podem se inscrever no programa Parcerias Sustentáveis, que promete impulsionar ideias com potencial de “mudar o mundo”. A iniciativa busca pessoas prontas para colocar a mão na massa com projetos culturais, ambientais e sustentáveis. Em jogo, além do suporte técnico, está o financiamento de até R$ 50 mil, destinado a transformar sonhos em negócios autossustentáveis.
As inscrições para a edição 2025 estão abertas até 29 de novembro, às 18h, com detalhes disponíveis na plataforma Prosas. Mas não basta apenas ter uma ideia interessante. Os projetos precisam de potencial para impactar as comunidades locais de Caeté, Nova Lima, Raposos, Sabará e Santa Bárbara e, de preferência, ajudar a resolver alguns dos desafios sociais, culturais ou ambientais que estão por ali. O programa também é aberto a projetos voltados à comunidade de Crixás, em Goiás.
O processo de seleção inclui duas etapas: uma avaliação inicial realizada por especialistas e uma apresentação dos projetos aos próprios representantes das comunidades locais. Criada em 2010, a plataforma de investimento social da produtora de ouro AngloGold Ashanti já apoiou mais de 290 projetos e beneficiou mais de 50 mil pessoas, com um investimento que ultrapassa os R$ 14,6 milhões.
As propostas precisam se enquadrar em quatro focos: cultura, turismo e gastronomia; soluções sustentáveis; empreendedorismo da diversidade e inclusão; e economia criativa. E atenção: o edital de 2025 chega com uma novidade no foco de atuação. A categoria de Economia Compartilhada está chamando quem sabe fazer diferente e valorizar as características únicas de sua comunidade, trazendo soluções que respeitam o território e fortalecem as cadeias locais.
Os empreendimentos escolhidos serão apoiados de fevereiro a dezembro de 2025, e aqueles que se destacarem ainda podem ganhar um ciclo de aceleração no ano seguinte. As iniciativas receberão capacitação e qualificação de profissionais, instalação de infraestrutura, suporte em estratégia de vendas e ações de marketing, mentorias de finanças, gestão organizacional e processos, suporte em gestão de pessoas e desenvolvimento de plano de negócios, dentre outros pontos.
E exemplos de quem já colheu frutos não faltam: a artista visual Massuelen Cristina, de Sabará, transformou sua paixão pela arte no projeto Ojú Artes, uma aceleradora que abriu caminhos para 25 artistas locais. Depois disso, fundou o Centro Cultural Casa Amarela, uma galeria e espaço de oficinas onde a comunidade se encontra para aprender e compartilhar cultura. "O programa nos ajudou a fazer com que a estrutura do empreendimento seja mais sólida, a organizar as ideias para a gente entender como realizar esse sonho de forma concreta”, diz Massuelen, satisfeita em ver seu sonho florescer.