Seis integrantes de uma organização criminosa que aplicava golpes em idosos foram indiciados pela Polícia Civil, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Os golpes fizeram vítimas não só na cidade, mas foram aplicados em todo o país. Segundo estimativas da polícia, a quadrilha causou um prejuízo estimado em R$ 5 milhões em dois anos.


 

Os integrantes identificados dessa organização, por enquanto, são quatro mulheres e dois homens com idades entre 30 e 47 anos. Eles são acusados de praticarem estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.


 

As investigações tiveram duração de quatro meses. Até o momento foram identificados 11 idosos e uma pessoa com transtorno mental como vítimas da quadrilha.


O grupo teve ajuda de funcionários de um banco da cidade. O “modus operandi” da quadrilha era: as mulheres da quadrilha levavam as vítimas até a agência sob a falsa promessa de renegociação de dívidas. Já no banco, tinha a ajuda de funcionários, que faziam novos empréstimos, em nome das vítimas, sem o consentimento destas.


As vítimas eram pessoas com deficiências ou que apresentassem dificuldades de perceber o golpe e conferir os empréstimos feitos nos nomes delas.

 

 

Alguns integrantes da organização eram responsáveis pelo núcleo de falsificação, e assim que obtinham os dados das vítimas, inseriam dados falsos no sistema bancário, o que possibilitava a portabilidade de contas e aprovação de créditos sem autorização delas. Parte desses golpes compreendiam também o financiamento de veículos.

 

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Uma loja de veículos, em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, era usada pelos criminosos. Eles usavam os dados bancários de pessoas de Juiz de Fora para financiar carros em nome de terceiros. Esses veículos eram revendidos a preços abaixo do mercado. As parcelas do financiamento nunca eram pagas.

 

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