A aflição do porteiro Isaac Ferreira Lima, de 32 anos, continua com o desaparecimento, desde a última segunda-feira (11/11), da mulher, Poliana Umbelino dos Reis, de 31, e dos filhos, uma menina e um menino, de 6 e 2 anos, respectivamente.

 

Na manhã desta quinta-feira (14/11), em conversa com a reportagem do Estado de Minas, Isaac contou que viaja ainda hoje, em companhia de um irmão, para São Paulo, onde espera reencontrar a família e trazê-la de volta a Belo Horizonte.

 

Isaac disse que o tíquete alimentação que recebe da firma onde trabalha forneceu a pista do paradeiro da mulher e dos filhos. “Meu tíquete fica com ela e, toda vez que ela usa, um aplicativo me informa. No call center (do aplicativo) me disseram que o tíquete foi usado na região de Tatuapé, em São Paulo”, explicou o porteiro.

 



 

Isaac depende agora das cópias das certidões de nascimento dos filhos, visto que as originais ele supõe que estejam com Poliana que, segundo ele, sofre de transtorno bipolar. “O médico disse também que ela tem transtorno delirante persistente”, conta Isaac, que estava em um cartório enquanto conversava, por telefone, com a reportagem.

 

O porteiro afirmou que tomou providências legais, comunicando o desaparecimento dos familiares à polícia, por meio de um boletim de ocorrência na Delegacia de Desaparecidos, em Belo Horizonte, e também registrou a ocorrência de forma on-line, em São Paulo, e no Conselho Tutelar de BH.

 

De posse de todos os documentos atestados por essa instituições, ele disse que está indo para a capital paulista de ônibus. “Só volto com os três. Estou muito preocupado com eles, mais ainda com os meus filhos”, disse.

 

 

Não é a primeira vez

Isaac contou também à reportagem que não é a primeira vez que Poliana "busca escapulir" para São Paulo, onde o porteiro informou que ela não possui familiares nem amigos ou conhecidos. “Acho que a escolha faz parte da mente delirante dela”, avaliou.

 

Isaac está casado com Poliana há sete anos e relata que a mulher não conseguiu ir da primeira vez para São Paulo. “Resgatei ela e os meninos na rodoviária de Belo Horizonte”, lembrou.

 

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Ele também disse que não sabe o que irá fazer quando encontrar a família. “Primeiro, quero encontrar todos eles bem”, disse, com uma voz transparecendo calma diante do momento aflitivo, que virou rotina em sua vida, diante de alguns outros episódios já vivenciados, dentre eles a vez que a mulher surtou. “É de família, a mãe dela tem o mesmo problema e perdeu a guarda dos filhos por causa disso”, afirmou.

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