A chuva intensa e a ruptura da barragem do Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado trouxeram de volta a rotina de medo e alagamentos para as avenidas Dr Álvaro Camargos e Vilarinho, em Venda Nova, no fim da tarde de quarta-feira (13/11). Vários comércios passaram a manhã desta quinta-feira (14/11) limpando lama e areia para voltar a funcionar.

 

 

 

Até mesmo as intervenções de drenagem que são feitas para aliviar as cheias e conter os córregos da região ficaram debaixo de muita água e precisaram ser drenadas durante a manhã.

 



 

Na Avenida Álvaro Camargos, altura da Rua João Saldanha, no Bairro Santa Branca, na Pampulha, a obra de ampliação da macrodrenagem dos córregos do Nado, Vilarinho e Isidoro ficou completamente alagada pelas chuvas e a ruptura da barragem, segundo os operários do canteiro de obras da Prefeitura de Belo Horizonte.

 

 

A água lamacenta formou grandes poças nas áreas das canalizações, no caso, do Córrego do Nado, que vem do Bairro Jardim Atlântico, e da galeria que vem do lago, que se rompeu no Parque da Lagoa do Nado.

 

Dois caminhões-bomba foram acionados para remover a água acumulada no canteiro de obras e a redirecionar à drenagem da avenida.

 

 

Desse ponto abaixo, no sentido Venda Nova, os alagamentos se seguiram ao longo da Avenida Dr. Álvaro Camargos. No pavimento, nos passeios e rampas de garagens muita lama e areia se acumularam em áreas que já secaram ou se encontram empoçadas.

 

 

A forte umidade exalava dos muros e do chão, bem como cheiro forte de terra molhada ou de esgoto. Algumas placas de asfalto foram arrancadas, bocas-de-lobo e bueiros acabaram destampados ou tiveram as tampas deslocadas pela força da água.

 

Nos passeios, nas canaletas, bueiros e até em uma caixa havia areia e lama, que invadiram o restaurante e churrascaria onde trabalha o churrasqueiro João Nascimento da Silva, de 56 anos.

 

“A chuva estava forte e já alagava quando rompeu a barragem do parque (Lagoa do Nado) e aí veio água demais, com lama e areia. A praça ficou debaixo da água. Entrou água na altura da canela no restaurante. Foi muito trabalho para limpar tudo de noite e de manhã. É a terceira vez em dois anos que alaga assim. Da última vez perdemos dois freezers horizontais. Desta vez secamos e ainda estão funcionando, mas está arriscado que queimem”, afirma o churrasqueiro.

 

Perto da UPA Venda Nova, onde pessoas acabaram ilhadas e foram resgatadas pela ação de funcionários, socorristas e de populares, e até na Avenida Vilarinho, os comerciantes estavam visivelmente incrédulos com o retorno dos alagamentos. Mercadorias estavam secando e funcionários usavam sopradores térmicos para tirar a umidade das vedações de borracha dos portais de aço que protegem os acessos das lojas.

 

A Bacia de Detenção da Vilarinho, perto do Metrô e do viaduto da Avenida Dom Pedro I, transbordou pela primeira vez, atingindo os comerciantes próximos.

 

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