O número de pessoas desabrigadas ou desalojadas em decorrência das chuvas em Minas Gerais aumentou 17,3% nas últimas 24 horas. Conforme boletim da Defesa Civil estadual, neste domingo (17/11), 433 mineiros tiveram que sair de suas casas e se abrigaram em estruturas públicas ou na casa de familiares, 64 a mais do que o apresentado no balanço desse sábado (16/11).
Até o momento, o Governo de Minas Gerais não registrou morte causada pelos efeitos das precipitações durante o período chuvoso de 2024 e 2025, que começou em setembro deste ano. No entanto, 140 pessoas necessitam de abrigo público, como habitação temporária, em função de danos ou ameaças em seus domicílios. Outras 293, em decorrência dos efeitos diretos de desastres, tiveram que desocupar suas casas, mas foram encaminhados para residência de parentes ou amigos.
Entre setembro e outubro deste ano, sete municípios já decretaram situação de emergência após tempestades e vendavais. Entre as cidades estão: Brazópolis, em 24 de setembro; Galiléia, em 10 de outubro; Mendes Pimentel, em 18 de outubro; Rochedo de Minas, em 19 de outubro; Tapira, em 24 de outubro; Guaranésia e Uberaba, em 28 de outubro. Os alertas são válidos até março e abril de 2025.
Ocorrências
No início da tarde desse sábado (16/11), fortes chuvas acompanhadas de vendavais atingiram o município de Caxambu, no Sul de Minas. Com a intensidade do temporal houve registro de deslizamentos de terra nos bairros Alto Santa Rita e Mirante do Trevo. Quatro casas ficaram danificadas devido à queda de muros de arrimo. Não houve feridos, mas 14 pessoas ficaram desalojadas. As residências foram vistoriadas e interditadas pela Defesa Civil municipal e os moradores levados para casa de parentes.
De acordo com a Defesa Civil estadual, três cidades mineiras irão decretar Situação de Emergência em decorrência das chuvas. Em São Geraldo do Baixio, no Vale do Mucuri, as fortes chuvas acompanhadas de vendavais que atingiram a região na última quinta-feira (14/11) causaram interrupção no fornecimento de energia elétrica e afetaram o abastecimento de água. Entre os danos principais registrados no local foram queda de árvores, taludes, poste de energia elétrica e alagamentos. Dez pessoas ficaram feridas e quatro desalojadas.
Ainda na quinta-feira, em Oriente de Minas, também no Vale do Mucuri, o temporal também afetou o fornecimento de energia elétrica. Três pontes foram levadas pela água, o que afetou as comunidades do Capoeirão, Mocó e Zé de Biduca, na Zona Rural. Não houve registro de feridos, desabrigados ou desalojados. Já na quarta-feira (13/11), em Nanuque, a Defesa Civil municipal registrou queda de árvores, taludes e postes de energia. Além disso, algumas residências foram alagadas.
Situação na capital
Em Belo Horizonte, a chuva constante fez com que quatro regionais ultrapassassem 80% do volume de precipitação esperado para todo o mês. A média histórica da cidade para novembro é de 236 milímetros (mm), mas as regiões Leste, Venda Nova, Centro-Sul e Nordeste bateram a marca no início da manhã deste domingo (17/11), segundo a Defesa Civil.
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O acúmulo de chuvas impôs alerta de risco geológico forte para as regionais Venda Nova, Norte, Nordeste, Pampulha e Leste da capital mineira. Alerta válido até a manhã de segunda-feira (18/11).