A família que vive em meio a baratas e ratos no bairro Olaria, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, terá que deixar a casa. A Defesa Civil esteve no local nesta sexta-feira (22/11) para realizar uma vistoria do imóvel. De acordo com o órgão, por meio de uma análise visual, foram detectadas diversas anomalias na residência.


Coordenadora Municipal de Defesa Civil de Santa Luzia, Lorena Elen da Silva Borges explicou que. durante a vistoria na casa da família, foram encontradas trincas, rachaduras, fiações expostas e outras anomalias que comprometem a habitabilidade no local. “Ressaltamos que a desocupação do imóvel se faz necessária como medida preventiva na preservação de vidas”, esclarece.

 




Na casa viviam seis pessoas: Stefani Renata Araújo Silva, de 32 anos, os três filhos dela – de 3, 8 e 13 anos –, o companheiro dela, Cristiman Roberto dos Santos Lisboa, e a nora dela de 16 anos, grávida de quatro meses do garoto de 13 anos. Ao Estado de Minas, a mulher relatou conviver com um câncer terminal há cerca de um ano e meio e depressão. 

 


A família vive com R$ 500 que vem do trabalho de Cristiman, além de uma pensão de R$ 350 do pai do filho de 13 anos. No entanto, Stefani relata não receber esse valor há pelo menos dois meses. Diante da situação, a Defesa Civil informou que vai emitir o relatório de vistoria e encaminhar para as secretarias competentes.

 


A partir do documento, a situação será avaliada dentro dos critérios para que haja o fornecimento do auxílio-moradia pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania.


A situação da família de Stefani ficou conhecida depois da Polícia Militar ser acionada no local para uma ocorrência de maus-tratos. Ao chegar na residência, os militares se depararam com uma família sem auxílio e sem condições adequadas de convivência.  

 


O sargento Romualdo, do 35° Batalhão, estava na equipe que atendeu a denúncia e relatou que a situação da casa era “lastimável”. O sargento conta que a casa apresentava aspectos de abandono e estava inabitável.


O ambiente contava com a presença de baratas, ratos, moscas e mosquitos que circulavam pelo local. Segundo o sargento Romualdo, um odor “putrefato” impossibilitava a permanência no interior do imóvel. 

 

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Ao Estado de Minas, Stefani alegou não ter condições de limpar a casa devido a fortes dores na região das axilas.

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